RETORNANDO A SUA DIVINA LUZ, SUA ALMA... BREATHARIAN OBEROM
MECÂNICA QUÂNTICA A REALIDADE É UM SONHO!
Escrito por Época | ||||||
Carl Sagan era um cientista brilhante e divulgador da ciência melhor ainda. Ele tinha o dom de sintetizar em frases inspiradas todo o sentido do maravilhoso que percebia na observação do universo. Assim, a Terra tornou-se aquele “pálido ponto azul” (pale blue dot) onde vivemos, um grão rochoso contaminado pela vida e orbitando uma estrela comum, como tantas bilhões de outras, num braço de uma galáxia em espiral chamada Via Láctea, que se confundia com as outras bilhões de galáxias do universo.
Ainda
assim, e apesar do nosso pálido ponto azul ser um nada no oceano
cósmico, seja na tevê seja em seus livros Sagan fazia a Terra reluzir
como um brilhante precioso, por ser o berço da vida como a conhecemos, o
berço da nossa espécie e a espaçonave que nos transporta em uma valsa
celestial.
Ao afirmar e reafirmar a preciosidade do nosso planeta, Sagan jamais usou este argumento para defender o indefensável, que a vida seria exclusiva da Terra. Ele, mais do que ninguém, defendeu a certeza estatística incontornável de que o universo está coalhado de vida e civilizações avançadas. Sagan usou a literatura para ilustrar essa certeza, no romance “Contato”, de 1985. “O universo é um lugar muito, muito grande”, diz Jody Foster no filme homônimo de 1997. “Se só existisse vida aqui na Terra, então o universo seria um enorme espaço desperdiçado.”
Mas não é. A prova é que estamos aqui, usando a
imaginação para entender a natureza e sonhar com as possibilidades de
vida em outros mundos. Outra prova está na universalidade das leis da
física, que tanto determinam a formação de espirais de espuma quando se
mexe com a colherinha numa xícara de café, quanto influem na dança das
galáxias.
Os ingredientes da vida
Uma
terceira prova de que o universo não é um enorme desperdício de espaço
está na origem da matéria, a origem dos átomos aprisionados nas
moléculas que constituem cada uma das 100 trilhões de células do corpo
humano. Cada célula humana é constituída por uns 10 quadrilhões de
átomos. E cada um destes foi forjado no coração de estrelas há muito
extintas.
Não estou me referindo apenas aos átomos do seu e do meu
corpo, mas também aos átomos de toda a humanidade, de todas as formas
de vida, dos vírus à baleia-azul, assim como o ar que respiramos, o
sapato que calçamos, o solo onde pisamos, a crosta terrestre que flutua
sobre o manto de rocha liquefeita que forma a interior da Terra, os
outros planetas do sistema solar, os bilhões de planetas das 100 bilhões
de estrelas da Via Láctea, apenas uma entre as 400 bilhões de galáxias
do universo visível... Todos estes átomos foram forjados no núcleo de
estrelas que explodiram.
O
oxigênio e o nitrogênio que respiramos; o carbono que é a base da vida;
o cálcio de nossos ossos; o sódio, o fósforo, o magnésio, o iodo e o
potássio essenciais ao organismo; o ferro e o alumínio das máquinas; o
cobre dos fios elétricos e o silício dos computadores... Todos estes
elementos químicos saíram da fornalha atômica de supernovas, estrelas
gigantes que, ao esgotar seu combustível, explodiram, semeando na
vastidão interestelar os ingredientes dos planetas e da vida.
A
vida evoluiu na Terra há mais de 3 bilhões de anos. Já a matéria que
constitui a vida é muito mais antiga. Os elementos químicos forjados nas
supernovas tiveram que vagar por centenas de milhões de anos no espaço
em nuvens de poeira. Eventualmente, a atração gravitacional em algum
ponto de uma nuvem forçou o início de um processo de concentração,
atraindo os átomos da nuvem e concentrando-os num local que viria a
atingir densidade e temperatura incríveis.
Quando, naquele ponto da nuvem, os átomos de hidrogênio se encontravam tão próximos uns dos outros a ponto de se fundir - e a temperatura se elevou aos 10 milhões de graus - dois átomos de hidrogênio se fundiram para formar outro, de hélio, liberando energia. Esta energia precipitou a fusão de outros átomos de hidrogênio, desencadeando uma reação nuclear em cadeia. Nascia o Sol.
Com os planetas a história foi diferente. As porções da
nuvem que estavam afastadas o suficiente do Sol para não ser tragadas
pela sua atração gravitacional acabaram por se condensar na forma de
planetas. Ali os elementos químicos forjados há bilhões de anos no seio
de supernovas puderam dar início à geologia e à vida.
A forja elementar
O
universo surgiu no Big Bang, a explosão primordial que lançou matéria e
energia em todas as direções há 13,7 bilhões de anos. A temperatura
infinita da explosão primordial foi suficiente para espalhar pelo
universo só três elementos: o hidrogênio, o hélio e o lítio, os
elementos mais leves, de números atômicos 1, 2 e 3, respectivamente,
pois o átomo de hidrogênio possui apenas um próton solitário em seu
núcleo, o hélio tem dois e o lítio, três.
Todos os demais
elementos químicos, do elemento de número 4, o berílio, ao urânio de
número 92, saíram das três gerações de supernovas que se sucederam desde
o início dos tempos. Sua criação seguiu dois passos: a forja e a
explosão.
O elemento mais abundante do universo é o hidrogênio.
Ele é combustível nuclear das estrelas. Uma estrela pequena como o sol
irá queimar o seu estoque de hidrogênio por 10 bilhões de anos (já se
passaram 5 bilhões...) até o combustível esgotar e o Sol começar a se
contrair e resfriar, tornando-se uma estrela anã-branca.
As
estrelas cuja massa é, no mínimo, oito vezes maior que a do Sol têm uma
vida mais curta e uma morte espetacular. O hidrogênio da estrela vai
queimando e formando hélio. A fusão libera a cada instante uma energia
equivalente a milhões de bombas atômicas explodindo simultaneamente. É
esta energia incrível emitida do núcleo da estrela que impede que suas
camadas externas dasabem em direção ao núcleo sob o efeito da força da
gravidade. Assim, uma estrela pode ser definida como a luta incessante
entre a fusão nuclear e a força da gravidade - um luta aonde a gravidade
sempre vence.
No caso de estrelas muito grandes, a energia
liberada no núcleo precisa ser maior para compensar a força
gravitacional, que é também maior, dado o volume da estrela. A estrela
começa queimando hidrogênio a 10 milhões de graus e produzindo hélio. A
temperatura no núcleo vai aumentando até que o calor seja suficiente
para começar a fundir átomos de hélio, criando lítio. O processo se
repete como nos degraus de uma escada. Cada novo elemento precisa de
temperaturas maiores para fundir e criar o elemento seguinte da tabela
periódica. Assim chega a vez do elemento 6, o carbono, do oxigênio 8, do
alumínio 13, do cálcio 20, e, por fim, do ferro 26. Neste ponto, a
temperatura no interior da estrela é de 100 milhões de graus. Quando a
estrela começa a produzir ferro, sua sorte está selada.
A explosão de vida
O
fim da estrela chegou. Ao tentar fundir átomos de ferro para produzir o
elemento seguinte, que seria o cobalto, a reação nuclear deixa de
produzir energia suficiente para manter a coesão da estrela. É o momento
em que a força da gravidade vence a luta, o instante em que a fusão
nuclear acaba, e as camadas externas da estrela conseguem desabar
livremente em direção ao núcleo.
Como não há espaço para todo aquela matéria ocupar o mesmo lugar, a estrela explode em supernova.
As
supernovas são as explosões mais cataclísmicas conhecidas dos
astrônomos. No momento em que acontecem, alcançam temperaturas de vários
bilhões de graus, suficiente para forjar todos os demais elementos
naturais, do cobalto 27 ao urânio 92. Quando a supernova ejeta ao espaço
as suas camadas externas, ela está semeando o espaço interestelar com
os elementos químicos que forjou. É a “poeira de estrelas” que Sagan tão
bem descreveu de forma poética, a “poeira de estrelas” que um dia
circulará em nosso sangue.
P.S.:
Os demais elementos, mais
pesados que o urânio 92, não existem na natureza. Se foram criados no
Big Bang ou em explosões de supernovas, desapareceram no instante
seguinte. No caso do plutônio (o elemento 94), ele surge na forma de
lixo das usinas nucleares.
Já os novos elementos de número 113
(ununtrium) e 118 (ununoctium), recém-descobertos em 2010, são
artificiais, assim como todos os elementos mais pesados que o urânio, à
exceção do plutônio. Eles foram detectados durante os seus poucos
milionésimos de segundo de existência, no meio dos escombros das
colisões de átomos no interior dos aceleradores de partículas. Estes
elementos são absurdamente instáveis. Só existem por um instante,
decaindo assim que são criados para formar outros elementos estáveis,
aqueles que constituem a matéria do universo em que vivemos.
Fonte: Informação | Época
|
Então vamos fazer uma viagem fantástica ao
Universo e ao Cosmos...
Cenas do Filme CONTACT...
Namastê!
Lavínia Tripoloni
http://solcosmico.blogspot.com
Lavínia Tripoloni
http://solcosmico.blogspot.com
Que blog lindo. Parabéns! O mundo precisa de mais pessoas lindas assim que nos transmita tantos conhecimentos maravilhosos. Paz e muita luz.
ResponderExcluir