Nada poderia ser mais óbvio e auto-evidente do que a própria face do homem, mas muito estranhamente ele não pode vê-la de forma alguma, ao menos que ele introduza o artifício de um espelho que lhe apresenta a imagem invertida.
A imagem que ele vê é a sua face, todavia, não é sua face; e isso é em parte um paradoxo. E eis aqui a razão de toda a nossa incerteza e ambigüidade a respeito das coisas do espírito, porque, se nossos olhos não podem se ver, tanto menos aquilo que se vê através dos olhos poderá ver a si mesmo.Então, nós temos que encontrar algum modo de superar a dificuldade, algum meio de compreender a coisa mais óbvia do mundo, uma coisa que é geralmente negligenciada, porque nossos pensamentos e sentimentos estão sendo conduzidos por canais muito mais complicados.
Para vê-la eles têm que se rebaixar a um nível de humildade, não temeroso e prostrado, senão com a mais direta e infantil abertura de espírito. (...)Não é de surpreender portanto, que essas mais profundas verdades do espírito freqüentemente passem despercebidas por pessoas da mais brilhante e penetrante inteligência.
Isso não quer dizer, contudo, que serão mais facilmente entendidas, pela mera falta de intelecto. Tal introspecção não vem nem com o esplendor, nem com o embotamento da mente visto que se um é iludido pelo seu próprio brilho, o outro simplesmente omite seu registro. Para compreender simplicidade tão extraordinária, DEVE-SE APENAS ABRIR OS OLHOS DO ESPÍRITO E VER; não há segredo nisso, porque ela está diante de nós, à luz do dia, tão grande como a vida.
Nas palavras do sábio chinês Tao-Wu, “se você a quer ver, olhe-a diretamente, mas se você tentar nela pensar, se desvanecerá”.
Portanto, quando se diz que aqueles que buscam a felicidade nunca a encontram, talvez seja mais adequado dizer que não há necessidade de procurá-la. Como nossos próprios olhos, ela está nos acompanhando o tempo todo; mas quando nos voltamos para tentar vê-la, nós nos iludimos."
A imagem que ele vê é a sua face, todavia, não é sua face; e isso é em parte um paradoxo. E eis aqui a razão de toda a nossa incerteza e ambigüidade a respeito das coisas do espírito, porque, se nossos olhos não podem se ver, tanto menos aquilo que se vê através dos olhos poderá ver a si mesmo.Então, nós temos que encontrar algum modo de superar a dificuldade, algum meio de compreender a coisa mais óbvia do mundo, uma coisa que é geralmente negligenciada, porque nossos pensamentos e sentimentos estão sendo conduzidos por canais muito mais complicados.
Para vê-la eles têm que se rebaixar a um nível de humildade, não temeroso e prostrado, senão com a mais direta e infantil abertura de espírito. (...)Não é de surpreender portanto, que essas mais profundas verdades do espírito freqüentemente passem despercebidas por pessoas da mais brilhante e penetrante inteligência.
Isso não quer dizer, contudo, que serão mais facilmente entendidas, pela mera falta de intelecto. Tal introspecção não vem nem com o esplendor, nem com o embotamento da mente visto que se um é iludido pelo seu próprio brilho, o outro simplesmente omite seu registro. Para compreender simplicidade tão extraordinária, DEVE-SE APENAS ABRIR OS OLHOS DO ESPÍRITO E VER; não há segredo nisso, porque ela está diante de nós, à luz do dia, tão grande como a vida.
Nas palavras do sábio chinês Tao-Wu, “se você a quer ver, olhe-a diretamente, mas se você tentar nela pensar, se desvanecerá”.
Portanto, quando se diz que aqueles que buscam a felicidade nunca a encontram, talvez seja mais adequado dizer que não há necessidade de procurá-la. Como nossos próprios olhos, ela está nos acompanhando o tempo todo; mas quando nos voltamos para tentar vê-la, nós nos iludimos."
Alan Watts - O Significado da Felicidade
Namastê!
Lavínia Harue Tripoloni