DEUS O ESPÍRITO ETERNO IMORTAL PURO INEFÁVEL INDESCRITÍVEL ONIPRESENTE ALÉM DE TODO UNIVERSO COSMOS, A MÃE TERRA SAGRADA DIVINA ABENÇOADA, A FONTE QUE TUDO É, A FONTE IMORTAL, ETERNA, INFINITA ABSOLUTA, INEFÁVEL, DIVINA,ETERNA...ONIPRESENTE... ONISCIENTE... ONIPOTENTE... OFERECE ESCOLHA .. DENTRO DO NOSSO CORAÇÃO, DO NOSSO ESPÍRITO ... O SEU EU VERDADEIRO, O SEU CRISTO PURO DIVINO IMORTAL INTERNO... VOCÊ ESTA AQUI PARA RECORDAR QUEM VOCÊ REALMENTE É ... !!! LAVÍNIA HARUÊ TRIPOLONI
A INCRÍVEL HISTÓRIA DE LI CHING YUN QUE VIVEU 256 ANOS - O MISTÉRIO DA LONGEVIDADE
Li Ching Yuen
Mestre
Li Ching-Yuen ou Li Ching Yun (Chyi Jiang Hsien, Szechuan, China, 1678
DC – 6 de Maio de 1933) é um Mestre Taoísta chinês, herbalista e
praticante de Chi Kung que fontes chinesas alegam ter vivido até a idade
de 256 anos. O artigo do “TIME magazine” datado de 15 de Maio de 1933
com o título “Tortoise-Pigeon-Dog” (Tartaruga-Pombo-Cão) traz um pouco
de sua história e a notícia de seu falecimento. De acordo com os
obituários de ambas as maiores revistas de 1933, New York Times e Time,
Li Ching-Yun enterrara 23 esposas e teve mais de 180 descendentes, ao
morrer com 256 anos.
O segredo da longevidade
O
artigo “Tartaruga-Pombo-Cão” da Revista Time registra a resposta do
Mestre Li Ching Yuen sobre qual o seu segredo para conquistar uma vida
tão longa:
Manter o coração calmo,
sentar como uma tartaruga,
andar vigorosamente como um pombo
e dormir como um cão.
Esses
foram os conselhos dados por Li quando Wu Pei-fu, o senhor da Guerra,
foi a sua casa aprender o segredo da longevidade extrema da vida. Li
afirmou que a calma interior e paz de espírito foram os segredos para a
impressionante longevidade Sua dieta era baseada principalmente em arroz
e vinho.
Não é
novidade que não se sabe muito sobre a vida de Li Ching-Yun. Sabe-se
que nasceu na província de Sichuan na China, onde também morreu. Sabemos
também que, ao seu décimo aniversário, Ching-Yun já era alfabetizado e
tinha viajado para Kansu, Shansi, Tibet, Annam, Siam e Manchúria para
colheita de ervas. Depois disso, sua biografia fica confusa.
Foi
conselheiro tático militar e instrutor de artes marciais, se aposentou e
passou muito tempo nas montanhas do Tibet, onde seguiu coletando ervas
medicinais que segundo dizia lhe ajudavam a se manter jovem e saudável.
Em
1927 foi convidado para ir em Wann Hsien na província de Sichuan por seu
amigo pessoal o general Yang Sen, que estava muito interessado na força
e juventude de Li, apesar de sua avançada idade. Na residência deste
governador e caudilho foi feita, à idade de 250 anos, a única fotografia
existente de Li.
Pode-se
imagina que sua aparência era decrépita, enrugada como couro, ou mesmo
assustador, mas diversos relato da época afirmam que eram surpreendidos
com a sua juventude. Foi esta a suspeita? Foi Li Ching-Yun tão velho
como ele alegou que era, ou sua data de nascimento um erro de escrita,
ou mesmo um exagero?
Referências sobre o Mestre Li Ching Yuen
Segundo
o artigo da Revista Time (“Time Magazine”), em 1930 o Professor Wu
Chung-chieh, diretor do Departamento de Educação da Universidade de
Chengtu, encontrou registros do Governo Imperial Chinês datados de 1827
congratulando Li Ching Yuen por seu aniversário de 150 anos.
Em
seu livro “Ancient Secrets of Youth” Peter Kelder registra a história de
Li Ching Yuen contada por um de seus discípulos, o Mestre de Tai Chi
Chuan Da Liu. Ele conta que com 130 anos o Mestre Li encontrou nas
montanhas um eremita de idade ainda maior que lhe ensinou o Pa-Kua e um
conjunto de práticas de Chi Kung, que incluíam treinamentos de
respiração, movimentos coordenados com sons, e recomendações sobre a
alimentação e o uso de ervas medicinais. Segundo Da Liu seu mestre dizia
que sua longevidade “é devida ao fato que realizei estes exercícios a
cada dia, regularmente, corretamente, e com sinceridade por 120 anos.”
O
Dr. Yang Jwing-Ming, em seu livro “Muscle/Tendon Changing and
Marrow/Brain Washing Chi Kung.” declara que Li Ching-Yuen foi um
herbalista chinês praticante de Chi Kung que passou a maior parte de sua
vida nas montanhas. Em 1927 o General Yang Sen (??), membro do Exército
Nacional Revolutionário chinês o convidou para ir à sua residência em
Wann Hsien, província de Szechuan, onde a fotografia reproduzida neste
artigo foi feita.
O
General Yang Sen publicou um estudo relatando suas pesquisas sobre ele,
“Um Registro Factual sobre o “Homem de Sorte” de 250 anos.”, onde
descreve a aparência do Mestre Li Ching Yuen quando o conheceu: “Sua
visão era perfeita e e sua pele firme; Li tinha sete pés de altura,
unhas muito longas e compleição forte.”
Stuart
Alve Olson escreveu em 2002 o livro “Ensinamentos de Qigong de um
Imortal Taoísta: Os oito Exercícios Essênciais do Mestre Li Ching Yun”.
Neste livro o autor transmite a prática do Chi Kung dos Oito Panos de
Seda (“Eight Brocade Qigong”), que aprendeu com o mestre de Tai Chi
Chuan T. T. Liang. Liang por sua vez aprendeu estes treinamentos
diretamente com o próprio General Yang Sen, responsável por trazer o
Mestre Li Ching Yuen a público e autor do livro em chinês sobre suas
práticas com orientações do Mestre Li que Olson traduziu e incorporou em
seu livro. Os praticantes da arte marcial
Jiulong Baguazhang, também conhecida como Nine Dragon Eight Diagram
Palm, alegam que sua arte foi concebida pelo sábio taoísta Li Ching
Yuen.
O
Mestre Liu Pai Lin mantinha no espaço em que dava suas palestras em São
Paulo uma foto sua, onde eram visíveis suas longas unhas espiraladas.
Ele destacava a importância que este mestre, que conhecera pessoalmente
na China, dava ao cultivo do Vazio (Wu Wei). Seu filho, Mestre Liu Chih
Ming, ensina no Centro de Estudos da Medicina Tradicional e Cultura
Chinesa (CEMETRAC) uma sequência de exercícios transmitida por Li Ching
Yuen, o Chi Kung das Doze Sedas.
As
diversas histórias sobre o Mestre Li Ching Yuen destacam seu papel como
herbalista, usuário e divulgador do emprego de Gotu Kola (Centella
asiatica) e outras ervas medicinais chinesas como Ginseng e Alho para
manter a saúde e a longevidade.
Atitude de ceticismo a respeito de sua idade real
Ao
conhecer a história de Li Ching Yun, a primeira reação de muitas pessoas
é duvidar que um ser humano possa realmente ter atingido tal idade. É
pouco provável que sua alegação venha algum dia a ser comprovada por
documentos aceitáveis sem qualquer possibilidade de contestações no
ocidente.
Se o
resultado das pesquisa realizada nos antigos registros oficiais
chineses (não reconhecidas oficialmente no ocidente) fosse considerada
indiscutível, Li Ching Yun seria reconhecido como a pessoa mais longeva
com sua idade atestada por documentos, tendo vivido mais de cem anos
além do atual recorde documentado.
O
atual recorde oficial de longevidade, atestada por documentos, pertence à
francesa Jeanne Louise Calment, que faleceu em 1997 com 122 anos.
Wong
Kiew Kit, Mestre de Chi Kung e Tai Chi Chuan, escreveu sobre Li
Qing-Yun em sua homepage, respondendo às questões de seus leitores: “Eu
não tenho certeza se o “Homem de Sorte” Li Qing Yun foi uma pessoa real
ou apenas um mito, mas ele é certamente uma inspiração para nós.” Uma
inspiração para viver com saúde pelo tempo de vida possível ao ser
humano em cada época.
Foi
publicado há alguns dias atrás uma notícia sobre o mistério da
longevidade saudável. Segundo as pesquisas atuais no tema, ainda não foi
possível determinar um padrão (seja de comportamento ou alimentação)
que proporcione mais anos de vida, muito menos que garanta uma velhice
saudável. O artigo é bem interessante e por isso colei-o abaixo:
Cientistas tentam encontrar chave para uma vida mais longaEstudos com pessoas que chegaram aos 100 anos em boa forma ainda não desvendaram o mistério da longevidade saudávelHelen
Faith Keane Reichert tem 108 anos. Detesta saladas e tudo que esteja
associado a um estilo de vida saudável. Gosta de hambúrgueres,
chocolate, coquetéis e da vida noturna de Nova York. Também gosta de
fumar. “Fumo há mais de 80 anos, o dia todo, todos os dias. Foram muitos
cigarros”, admite ela, que tem o apelido de Feliz desde criança.Depois
de um derrame, há cinco anos, sua pronúncia se tornou levemente
arrastada. Mas sua mente está alerta, a curiosidade, forte como sempre, e
a memória muitas vezes se mostra melhor que a de sua acompanhante
filipina de 37 anos.Helen, nascida em 1901 em Manhattan
e filha de imigrantes judeus da Polônia, é psicóloga, especialista em
moda, ex-apresentadora de TV e professora emérita da Universidade de
Nova York. Foi casada com um cardiologista e não teve filhos. Quando o
marido morreu, há 25 anos, ela decidiu dar a volta ao mundo. Visitou
Irlanda, Espanha, Itália, Turquia, Egito, China, Japão e Austrália. Foi
sua forma de superar a perda.Feliz, a mulher
indestrutível, atraiu a atenção dos cientistas, junto com os irmãos
Irving, 104, e Peter, 100, e a irmã Lee, que morreu em 2005 aos 102. Os
quatro deram amostras de sangue e foram entrevistados por pesquisadores
do envelhecimento de Boston e Nova York. Tais estudos querem descobrir
como alguns indivíduos chegam aos 100 anos ou mais saudáveis e ativos.O
médico israelense Nir Barzilai, do Instituto de Pesquisas do
Envelhecimento da Faculdade de Medicina Albert Einstein, de Nova York,
que coordenou as entrevistas, afirma que “não há padrão” no
comportamento que conduz à velhice saudável.Mas ele não
perde tempo em dizer que as pessoas não devem começar a questionar a
importância de um estilo de vida saudável. “Mudanças no estilo de vida
implementadas hoje podem determinar se a pessoa vai morrer aos 85 anos e
não aos 75.” Mas o pesquisador diz que, para chegar aos 100, é preciso
ter uma composição genética especial.“Essas pessoas
envelhecem de outra forma. Mais lentamente. Morrem das doenças que
vitimam a todos, só que 30 anos mais tarde que o esperado, num processo
mais rápido, sem sofrer por período prolongado.”A
obesidade, o tabagismo e a falta de exercício certamente prejudicam a
saúde. Mas as entrevistas não revelaram uma fórmula mágica que
determinasse nossa alimentação e comportamento para que cheguemos com
boa saúde a uma idade avançada. “Nenhum dos centenários optou por se
alimentar com uma dieta de algas”, indica Stefan Schreiber, de 48 anos,
chefe de um grupo de pesquisa sobre envelhecimento saudável da
Universidade de Kiel, na Alemanha, que também estudou centenários.
Schreiber reparou em algo que os centenários têm em comum: “Muitos só
beijaram uma pessoa em toda a vida. Quem sabe não seja esse o segredo?”
(Fonte: Der Spiegel/Estadão)
Apesar
do artigo enfocar uma genética “especial” como sendo uma parte
essencial do “mistério” da longevidade, na verdade já foram publicados
estudos que afirmam que o nosso corpo deveria durar, de modo saudável e
ativo, pelo menos 140 anos. Então é realmente muito estranho que a expectativa de vida mais alta do mundo seja de apenas 86 anos (das
mulheres japonesas). Não dá para tirar o crédito de uma genética forte,
em alguns casos, mas sinceramente discordo dos especialistas
consultados quando eles afirmam que é “preciso uma genética especial”.
Teoricamente, pelo menos, a maioria de nós já possui essa genética.
Então porque continuamos a morrer “prematuramente”?
Se
nos basearmos no artigo acima, pelo exemplo de Helen, a ideia do que
“contribui para a saúde” pode se tornar um problema. Eu já ouvi falar,
por exemplo, de pessoas com mais de 70, 80 anos, trabalhadores rurais,
que apenas tomam café com leite o dia inteiro – praticamente nada de
água pura (pura no sentido de nada misturado a ela – café, suco etc) –
durante boa parte de suas vidas, e que nunca precisaram de hospital ou
de remédios. Inclusive saiu uma notícia há
algumas semanas a respeito de uma indiana (esse tipo de notícia se não é
da Índia ou é da Tailândia ou do Japão!!!) de 92 anos, que afirmou que
não bebia um copo de água pura desde os 14 anos de idade. Ela vive a
base de duas xícaras de café por dia, frutas secas e arroz, há 78 anos! E
antes que alguém pense que “café vai água”, saiba que é muito diferente
de tomar água pura, e a quantidade de água ingerida pela indiana, pelo
café e o arroz, mesmo assim é muito pouca para o que se considera
“saudável”. Tanto que os nutricionistas recomendam tomar pelo menos 1
litro de água pura para cada 25kg do peso corporal (aproximadamente) e
sucos e outras bebidas, como o café, não contam como substitutos nessa
recomendação básica… Se nós formos pensar ainda em alguns monges, yogues
e outros que “vivem de luz”, que passam meses meditando sem se
alimentar ou beber água, (Indiano que diz viver há 70 anos sem comida está sob estudo)
bem… acho que podemos dizer que é tudo muito relativo ao seu modo de
entender o seu corpo e a sua vida (as suas crenças). Particularmente não
tenho a menor dúvida de que uma crença inabalável faça milagres. Ou a perda de uma…
Narasamma, a velhinha que diz viver muito bem sem tomar água há 78 anos
Mas
voltando à longevidade… Segundo Aubrey de Grey, um cientista inglês,
gerontologista famoso e controverso, conhecido como o “Profeta da
Imortalidade”, a velhice é uma doença que pode ser combatida.
Segundo
ele, os seres humanos poderiam viver 1.000 anos. A teoria defendida
por Grey é que o nosso envelhecimento é causado por radicais livres
mitocondriais, e para combater/prevenir esse dano ao
DNA mitocondrial ele criou um plano de terapias chamado SENS
(Estratégias para Reparar Envelhecimento Insignificante). Para entender
melhor as ideias desse excêntrico investigador, coloquei abaixo uma
pequena palestra dele (para abrir as legendas clique em “View Subtitles”
e desça a barra até “Portuguese”):
É
claro que o Dr. de Grey é um grande entusiasta da tecnologia e ele
aposta suas fichas em tratamentos médicos futuristas. Para ele, a cura
do envelhecimento é um “problema de engenharia”. Mas existem seres
humanos que não precisaram da “Ciência moderna” para desafiar o
envelhecimento e a morte…
E é sobre um dos maiores mistérios da longevidade já conhecidos no Ocidente que irei falar agora nesse post.
O senhor da foto ao lado é Li
Ching Yun (ou Yuen), nascido na região de Kaihslen, província chinesa de
Szechwan. Li Ching Yun foi um mestre taoísta, herbalista e praticante
de Chi Kung (exercícios para o cultivo da energia). Algumas fontes dizem
ainda que foi artista marcial e professor de artes marciais. Segundo registros de documentos oficiais chineses, acredita-se que Li tenha morrido aos inacreditáveis 256 anos.
Os obituários de 1933 publicados na revista norte-americana “Time” e no “The New York Times” relatam que Li Ching Yun “enterrou 23 esposas e teve 180 descendentes”.
A morte de Li aconteceu em 6 de
maio de 1933, mas o seu nascimento é ainda um mistério que
provavelmente nunca será desvendado (pelo menos não de modo irrefutável
para as mentes ocidentais).
Segundo o obituário publicado
no New York Times, o próprio Li afirmou que havia nascido em 1736 e que
portanto, na data de sua morte, teria 197 anos. A história dos 256 anos
surgiu com o chefe do departamento de Educação da Universidade Minkuo, o
Professor Wu Chung-chien que disse ter encontrado registros mostrando
que Li havia de fato nascido em 1677 e que o Governo Imperial Chinês
havia congratulado-o tanto em seu aniversário de 150 anos, como no de
200 anos.
Um
correspondente do NYT escreveu em 1928 que muitos dos vizinhos mais
velhos de Li afirmaram que seus avôs o tinham conhecido quando eram
meninos, mas que Li já era um homem adulto.
De
acordo ainda com o artigo de 1933 do NYT, “muitos que haviam visto ele
(Li) recentemente declararam que sua aparência facial não era diferente
da de uma pessoa dois séculos mais jovem.”
A
bem da verdade, não se sabe muito sobre a infância e juventude de Li. O
que se sabe é que ele nasceu e morreu na mesma província, que foi
alfabetizado até os 10 anos e que viajou por Kansu, Shansi, Tibete,
Annam, Siam e Manchúria coletando ervas. A foto acima é a única foto
tirada (conhecida) de Li. Data de 1927, e foi tirada durante a sua
visita ao seu amigo pessoal,o general Yang Sen, na província de Sichuan.
Yang Sen estava muito interessado no segredo de Li, já que este, apesar
da extrema idade, aparentava juventude e vigor. A dita foto mostraria
Li na idade de 250 anos. A Wikipedia em Inglês traz também que o mestre
taoísta Liu Pai Lin, que viveu em São Paulo de 1975 à 2000, tinha uma
outra foto do Mestre Li Ching-Yun exposta em sua sala de aula, que é
desconhecida ao Ocidente. Segundo essa fonte, Liu conheceu o mestre Li
pessoalmente, na China, e com ele aprendeu técnicas do Qigong.
Além
disso, o que se sabe é que durante cem anos Li passou vendendo ervas
coletadas por ele, para depois passar a vender ervas coletadas por
outros. Diz-se que no tempo que esteve com sua vigésima quarta esposa,
de apenas 60 anos, Li já havia passado dos 200 anos.
Mesmo
que Li não tenha vivido 256 anos, mas os 197 que ele afirmava – e aqui
podemos especular que ele mesmo possa ter perdido a conta de seus anos…
ou não – , mesmo assim é muito tempo, principalmente se levarmos em
conta que Jeanne Louise Calment, a francesa com o recorde de idade mais
avançada já conhecido, viveu “somente” até os 122 anos.
A essa altura você deve estar se perguntando… mas afinal o que ele fez para viver tanto tempo? Qual o segredo?
Essa mesma pergunta foi feita pelo comandante militar Wu Pei-fu a Li, que respondeu o seguinte:
Manter o coração calmo,
sentar como uma tartaruga,
andar vigorosamente como um pombo
e dormir como um cão.
E Li explica o “coração sempre calmo”, em uma entrevista feita em 1920 (e publicada nos anos 1950 na revista Domestic and Foreign Magazine):
Penso que a razão pela qual
eu vivi tanto tempo e ainda estou perpetuamente saudável é porque nada
me irrita desde os meus 40 anos. Por isso, meu coração é muito calmo,
pacífico e divinamente tranquilo. É por isso que eu estou livre de
qualquer doença, e sempre saudável e feliz.
Além disso, Li tinha em sua dieta diária principalmente três ervas: ginseng, He Shou Wu (Polygonum multiflorum) e Gou Qi Zi (fruta goji). É dito que utilizava também Gotu Kola (Centella asiatica) e Alho.
Goji
Gotu Kola
Panax Ginseng
He Shou Wu
A
dieta também apresenta versões… alguns dizem que era estritamente
vegetariana, sendo que ele consumia predominantemente plantas e frutas
silvestres. Diz-se também que há evidência de que Li comia peixe com
regularidade e ocasionalmente carne (duas vezes por ano). Outras fontes
trazem ainda que sua dieta era fundamentalmente de arroz e do vinho
feito a partir desse cereal. A única erva que aparece em todas as fontes
pesquisadas por mim é o ginseng.
No
que diz respeito ao preparo das ervas, há mais versões. Com o ginseng e o
fo-ti (He Shou Wu) ele fazia chás. O goji era comido cru, assim como a
Gotu Kola, que era ingerida tanto como salada, como preparada como chá.
De acordo com outras fontes, há também algumas evidências de que ele
pode ter também colocado essas quatro ervas (juntamente com Dang Gui e
Gan Cao) num licor forte como uma tintura e que bebia um gole ou dois a
cada dia.
Agora surge outra pergunta… de onde ele tirou a ideia dessa dieta?
Segundo
relatos do mestre de Tai Chi Chuan Da Liu, que foi discípulo de Li
Ching-Yun, Li conheceu um eremita muito velho que vivia numa montanha.
Foi esse ancião que lhe deu recomendações sobre alimentação e o uso de
ervas medicinais, assim como lhe ensinou práticas de respiração e
movimentos coordenados com sons (Qigong). Naquela entrevista de 1920 que
mencionei anteriormente, o próprio Li comenta que tinha 50 anos (no
relato de Da Liu, Li já tinha 130 anos) quando conheceu o eremita, e que
apesar de ele não aparentar ser um homem “sobrenatural”, o velho
conseguia dar passos enormes, como se voasse no ar. Por mais que Li
tentasse, não conseguia acompanhar o ancião. Por isso, pediu a ele que
lhe ensinasse seus segredos. Segundo o relato de Li, a única coisa que o
eremita fez foi lhe entregar algumas frutas silvestres (as gojis) e lhe
disse que era a única coisa que comia. A partir de então, Li passou a
comer 15 gramas de gojis todos os dias e por causa disso se tornou mais
saudável e ágil. Segundo ele, a dieta possibilitava que andasse 50km sem
que se cansasse.
Na
verdade, histórias como a de Li, de monges e eremitas do Oriente com
poderes aparentemente “sobrenaturais”, ou de longevidade “absurda” não
são novidade. O próprio Peter Kelder comenta alguns relatos brevemente
em “A fonte da juventude“, assim como essas “lendas” (no sentido de histórias antigas relatadas por testemunhas oculares) são novamente resgatadas em “A fonte da juventude 2“.
Uma outra autora relativamente conhecida que também relata casos
semelhantes (testemunhados e até mesmo vividos por ela), é Alexandra
David-Neel. Alexandra, nascida na França em 1868 (morreu um pouco antes
de completar 101 anos, em 1969) foi uma mulher a frente do seu tempo:
exploradora, reformadora, viajante, erudita e independente; ela foi a
primeira mulher européia a ser consagrada lama (um
mestre/professor de darma). Publicou mais de 40 obras sobre o budismo e
suas viagens pelo Oriente. Em seus relatos, por exemplo, ela comenta dos
monges corredores (mensageiros) “lung-gom-pa”
do antigo Tibete. Esses monges podiam correr a uma velocidade
extraordinária, a ponto de parecer que estavam voando. Podiam correr
mais de 300km por dia, ou correr por vários dias, sem parar ou se
cansar. O treinamento que possibilita tal feito envolve muita meditação
(sentado), grande ênfase no controle da respiração e técnicas de
visualização. Inclusive ela comenta que quando observou um desses monges
passar correndo por ela, notou que a expressão facial dele era
extremamente relaxada, e ele olhava fixamente algum objeto imaginário
que parecia estar muito longe.
Alexandra David-Neel
Observando um monge lung-gom-pa
Mas
voltando à história de Li, penso que muito mais do que a ingestão de
alimentos e plantas específicos, a tal “calma inabalável” preconizada
por ele seja o verdadeiro grande segredo de sua longevidade. As ervas
certamente contribuíram muito, isso é certo, mas sabemos empiricamente,
por exemplo, que de nada adianta uma alimentação excelente ou exercícios
regulares quando se mantém um estado mental ou de espírito
constantemente perturbado ou nervoso. De nada adianta seguir dieta
vegetariana, ingerir ginseng diariamente e/ou fazer exercícios físicos
se interiormente me mantenho rancorosa, raivosa, irritada, intolerante,
mesquinha; enfim, se normalmente vivo identificada com estados
emocionais negativos. Sofrimento envelhece. O que se passa nos
bastidores da mente é apresentado no palco do corpo. Uma alimentação
especial (como a mencionada nesse post) ou exercícios específicos (como
os Cinco Ritos Tibetanos,
ásanas de Yoga, artes marciais etc) são complementos excelentes (talvez
essenciais) para quem busca a longevidade com saúde e vigor. Mas em si
mesmos não fazem “milagre”. O “milagre” reside na “mente”…
Assim como é em cima, é embaixo. Assim como é no interior, é no exterior.
P.S.:
Nesse momento você pode estar pensando… então como que outros mestres,
lamas, budas, enfim, morreram antes dos 100 anos? Bem, o curso de sua vida é a causa secreta de sua morte…
Todos eles viveram o suficiente para cumprirem suas missões aqui nessa
Terra. Alguns levam mais tempo, outros menos. A sua missão é o propósito
de vida que você escolheu. O tempo que você vai precisar para cumpri-la depende mais de você do que você pode imaginar…
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