DEUS O ESPÍRITO ETERNO IMORTAL PURO INEFÁVEL INDESCRITÍVEL ONIPRESENTE ALÉM DE TODO UNIVERSO COSMOS, A MÃE TERRA SAGRADA DIVINA ABENÇOADA, A FONTE QUE TUDO É, A FONTE IMORTAL, ETERNA, INFINITA ABSOLUTA, INEFÁVEL, DIVINA,ETERNA...ONIPRESENTE... ONISCIENTE... ONIPOTENTE... OFERECE ESCOLHA .. DENTRO DO NOSSO CORAÇÃO, DO NOSSO ESPÍRITO ... O SEU EU VERDADEIRO, O SEU CRISTO PURO DIVINO IMORTAL INTERNO... VOCÊ ESTA AQUI PARA RECORDAR QUEM VOCÊ REALMENTE É ... !!! LAVÍNIA HARUÊ TRIPOLONI
Por
milhares de anos nós temos procurado a Paz no Mundo…
mas só agora
percebemos, que não poderá haver Paz… enquanto não encontrarmos PAZ
dentro de nós mesmos!
Todo
pensamento na mente humana envia uma onda eletromagnética, que parte da
base do coração… e que tem um efeito potencialmente alto no mundo que
nós vivemos.
O Coração humano agora é documentado como o mais forte gerador de campos elétrico e magnético no corpo.
O
CORAÇÃO É POR VOLTA DE 100 VEZES MAIS FORTE ELETRICAMENTE E 5 MIL VEZES
MAIS FORTE… 5.000 VEZES MAIS FORTE MAGNETICAMENTE DO QUE O CÉREBRO!!!
As muitas crises que enfrentamos podem ser muito reduzidas, pelo incrível poder de NOSSOS CORAÇÕES UNIFICADOS …
Tudo que você precisa fazer é meditar todo dia.
É HORA DE RELEMBRAR QUEM NÓS REALMENTE SOMOS…
ESCOLHA O AMOR….
PERMANECEMOS UNIDOS…
“GRANDES ESPÍRITOS TEM SEMPRE ENCONTRADO OPOSIÇÕES VIOLENTAS DE MENTES MEDÍOCRES”
Muitas pessoas precisam de fatores externos para encontrarem Deus dentro
de si. Outras vivem um vasto período de análise intelectual sem se
permitirem um momento se quer, de intuição espiritual. Nós não podemos
chegar à verdadeira experiência de Deus somente por meio da análise
mental. Isto é apenas uma preliminar que deve ser ultrapassada para
poder se alcançar uma certeza espiritual. A análise mental é como um
grande labirinto sem saída.
Muitas pessoas ficam presas a métodos. Os grandes mestres não estavam
preocupados com grandes métodos espirituais. O maior dos terapeutas
dizia somente para que se orasse sempre. Sempre quer dizer orar 24 horas
por dia, durante 365 dias por ano.
As pessoas confundem oração com reza, pensam que oração e meditação é um
tipo de ato externo. Os mestres não falam de atos, falam de atitude. O
que é atitude? Atitude é o modo de ser, não é agir, não é fazer alguma
coisa, é ter a consciência do Ser, a consciência da Presença de Deus.
Isso não significa pensar em Deus. Não adianta nada ficar pensando em
Deus por que isso é apenas um ato. As pessoas não sabem distinguir entre
pensar e conscientizar.
Mas o que é conscientizar? Conscientização é um estado permanente da consciência.
Pensar é uma sucessão de atos transitórios. O pensamento é sucessivo e analítico.
A consciência nada tem haver com análise, com sucessividade. Ela é um
estado simultâneo, permanente do nosso ser espiritual, do nosso Eu. Eu e
consciência são a mesma coisa. Ego e inteligência são outra coisa. A
inteligência pensa, a consciência conscientiza, de maneira que, orar
sempre não é pensar, não é falar, é ter a consciência do seu Ser.
Naturalmente que quem se identifica com o seu ego intelectual não pode
conscientizar. Agora, aquele que já descobriu a sua alma, o se Eu
espiritual, pode perfeitamente conscientizar a Presença de Deus.
O evangelho diz: "Eu e o Pai somos um, o Pai está em mim e eu estou no Pai". Isto é conscientizar a Presença de Deus.
Não podemos pensar em Deus durante as 24 horas do dia, somente se não
fizermos mais nada fora disto, suspender todo o trabalho profissional e
pensar em Deus, mas isso não é possível. Agora, conscientizar a Presença
de Deus é perfeitamente compatível com qualquer trabalho. Podemos
trabalhar em qualquer profissão, dentro de uma consciência da Presença
de Deus.
Conscientização é uma coisa muito parecida com respirar. Se alguém
dissesse: "Você tem que respirar sempre e nunca deixar de respirar, por
que se você deixar de respirar você morrerá em cinco minutos!" Isso é
natural e todo mundo o sabe! Mas se a pessoa dissesse: "Eu não posso
respirar sempre por que tenho que trabalhar!" Mas que bobagem é essa?
Ora, é a mesma bobagem que estão cometendo quanto a pratica
espiritual... Dizer que não podem conscientizar a Presença de Deus por
que tem que trabalhar numa fábrica ou tocar um tipo de negócio... A
respiração impede o nosso trabalho? Em absoluto, pois ninguém se
preocupa com a respiração, durante as suas atividades do dia. As pessoas
vão dormir tranqüilamente e continuam a respirar.
A Oração Permanente de que fala o grande mestre, é uma respiração da
alma e nada mais. Assim como o corpo respira constantemente para poder
viver, assim a alma deve respirar constantemente para poder viver. Quem
não respira espiritualmente, morre espiritualmente. Quem não tem a
consciência da Presença de Deus, não vive espiritualmente, seu viver não
tem qualidade.
Duas coisas são necessárias para podermos viver fisicamente: comer e respirar.
Podemos deixar de nos alimentar por vários dias, através de jejuns, e
não morrer, mas não podemos ficar sem respirar. Em cinco minutos, a
falta de oxigênio nos mata. O oxigênio do ar é vida para o nosso corpo.
Das comidas, extraímos as calorias. As calorias não são tão necessárias
quanto o oxigênio.
Os mestres exigem que oremos sempre e não nunca deixemos de orar. Na nossa linguagem, podemos traduzir esta exigência por:
"Tende sempre a consciência permanente da Presença de Deus" - mas nunca
pensando em Deus como uma pessoa. Deus é a vida Universal do Cosmos.
Esta Vida Universal nos alimenta quando vivemos dentro da consciência
cósmica da Presença de Deus. Para isto, não se faz necessário pensar. É
um estado de consciência.
Os grandes mestres não recomendam uma meditação intermitente, uma hora
por dia, eles exigem uma meditação permanente, 24 horas por dia. Isso
não no sentido de um ato, mas sim num sentido de um estado. Não no
sentido de um processo analítico de pensamento, mas sim, no sentido de
uma consciência simultânea e permanente.
Isto para os principiantes é difícil de compreender, mas, se você se
habituar a este estado de consciência, não a uma ato de pensamento, você
irá verificar que a oração permanente ou o estado permanente da
Presença de Deus, não impede nenhum trabalho, pelo contrário, torna
todos os trabalhos mais fáceis.
Quando alguém se habituou a viver na consciência da Presença de Deus,
ele verifica que os seus trabalhos outrora antipáticos se tornam
simpáticos, outrora odiados, se tornam até amados. Ele pouco a pouco
descobre que o trabalhar não é dever compulsório, mas sim, um querer
espontâneo. Quando alguém passa do maldito dever para o bendito querer,
então está tudo resolvido, por que o grosso da humanidade só trabalha
por um maldito dever. Elas dizem que infelizmente tem que trabalhar para
poder viver e sustentar a si e a sua família. Quando o trabalho é um
maldito dever é um trabalho antipático. Quando o trabalho se transforma
num bendito querer então o trabalho fica com gosto.
Todos os grandes iniciados trabalhavam muito; nenhum deles foi
preguiçoso. Nenhum deles arranjou aposentadoria permanente para não
trabalhar mais. Todos trabalhavam, mas, os verdadeiros iniciados
trabalhavam por um bendito querer e não por um maldito dever.
Um dos mais modernos iniciados, Joel S. Goldsmith, que escreveu o
maravilhoso livro A Arte de Curar pelo espírito, diz: "na primeira
metade de minha vida, eu trabalhava para viver. Na segunda metade da
minha vida, eu vivo para trabalhar". Note bem como ele inverteu o
programa: primeiro ele trabalhava para viver - o maldito dever de
trabalhar... Com o suor do teu rosto, ganharás o teu pão. Isto é dos não
iniciados. Ele dizia que trabalhava para viver, mas que depois que
entrou na iniciação espiritual, passou a viver para trabalhar. Todos
nós, sem exceção, podemos chegar a este ponto. Isto vai depender do
estado de consciência da pessoa, pois o trabalho é o mesmo. O que pode
ser diferente é o motivo pelo qual se trabalha: ou por dever ou por
querer. Dever é desagradável, querer é agradável. O dever nos faz
escravos, o querer nos liberta, nos torna servidores.
Quem faz o que deve é escravo. Quem não faz o que deve é um mal escravo.
Quem faz por querer, faz com alegria, boa vontade, entusiasmo e amor e por isso, é livre e feliz.
A Oração permanente não impossibilita o trabalho profissional, muito
pelo contrário, qualifica-o, torna-o gostoso e agradável. A Baghavad
Gita recomenda: Trabalhar intensamente, mas renuncie a cada instante aos
frutos do teu trabalho... não trabalhar por causa do resultado, mas por
causa da autorealização. No Evangelho diz o nazareno: "Quando tiverdes
feito tudo o que devíeis fazer, dizeis: agora somos servos inúteis,
cumprimos a nossa obrigação, nenhuma recompensa merecemos por isso!" Não
é trabalhar por recompensa, seja recompensa terrestre ou celeste, mas
sim, por amor a sua autorealização, ao aperfeiçoamento do seu espírito,
da sua alma - isto é um trabalho bendito!
Todos os grandes mestres recomendam aos seus discípulos que tenham duas
asas para voar. Você já viu algum avião voar com uma só asa? Nenhum
inseto voa com uma asa... Uma asa só, por mais bela e forte que seja,
não serve. As duas asas que os grandes mestres recomendam são:
1. Orai sempre e nunca deixeis de orar. 2. Quem não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo.
A primeira asa é muito simpática, mas a segunda, para os não iniciados, é
muito antipática. Por que entendem que renunciar como uma coisa muito
dolorosa. Eles logo compreendem por coisas materiais como dinheiro,
casa, automóvel e outras coisas mais. Isso não é muito importante. Muito
mais necessário é renunciar a si mesmo, que é muito mais importante do
que renunciar a objetos.
Mas, o que vem a ser renunciar a si mesmo?
Quem não conhece a natureza humana não pode compreender estas palavras.
Para esta pessoa, renunciar a si mesmo parece com suicidar-se. Mas isto
não resolve nada, só piora a situação. Enquanto a pessoa se identifica
com o seu ego, não renunciou a seu ego. Somente quando descobre que não é
o seu ego físico-mental-emocional, o seu invólucro humano, que isto ele
tem, mas que isso ele não é, que ele é o seu espírito, a sua alma, a
luz do mundo, a pérola preciosa...Então, ele renunciou.
Renunciar é o descobrimento da verdade sobre si mesmo!
Quem não entrou no autoconhecimento, não renunciou! Renunciou a que?
Aqui não se trata de renunciar a objetos externos, impessoais, trata-se
de renunciar a um objeto pessoal, interno, chamado ego. Dentro de nós
existe uma ilusão de nos identificarmos com o nosso ego humano e é
justamente a isso que devemos renunciar. Mas como renunciar a esta
ilusão?
Uma ilusão só pode ser combatida pela verdade. Ilusão é escuridão,
verdade é luz! É possível combater a escuridão a não ser pela luz? A
ilusão de que eu sou o meu ego é uma treva, a verdade de que eu sou a
minha alma é uma luz. Só podemos combater a ilusão de que somos um ego,
pela ação da luz do autoconhecimento. Luz é presença, treva é ausência.
Onde há 100% de presença há o de ausência.
O que os mestres recomendam é puro autoconhecimento e isto, cada um deve fazer.
Cada um precisa responder satisfatoriamente a pergunta: Quem sou eu?
Quando o homem chega a conclusão de que é o espírito de Deus em forma
individual, então, está liberto de toda ilusão.
Deus é Espírito Universal.
Eu sou o espírito de Deus em formal individual. Eu sou uma emanação espiritual da Divindade Universal.
Então, a segunda asa é a renúncia. Quando se fala em renúncia, quase
todo mundo se choca e pensa que se trata de uma renuncia a nível
material externo. Pensam que renunciar é jogar tudo fora, perder tudo,
ficar com nada... Isso não é verdade, pois a renúncia não se refere a
coisas materiais, mas sim, mentais. A nossa falsa mentalidade ego é que
deve ser renunciada.
Se alguém renunciar a ilusão da sua mentalidade errada, então ele é completamente livre.
Só então ele é um discípulo dos grandes mestres.
Se alguém renunciou a sua identificação com o seu ego e depois olhar
para os seus bens materiais lá fora, será que ele tem dificuldades em
renunciar a estes bens? Não tem nenhuma dificuldades! A dificuldade é a
renuncia interna e não a renuncia externa, pois isto é uma conseqüência
de um transbordamento que pode ser constatado na vida de todos os
grandes homens da história. Os inexperientes pensam que seja difícil a
renuncia aos bens materiais. Os iniciados sabem que a renuncia aos bens
materiais é uma simples brincadeira. É coisa tão fácil como beber um
copo d'água, pois o que é realmente difícil é renunciar ao seu ego
mental, não ao seu ego material.
No nosso século Mahatma Gandhi e Albert Shuawaseir fizeram a grande
renuncia material colocando todos os seus bens materiais a serviço da
humanidade.
As coisas materiais nunca foram nossas, isso é pura ilusão. Nosso foi o
nosso ego mental e esse é muito nosso, pois é um objeto pessoal. Os bens
externos são bens impessoais. Renunciar as coisas impessoais não é
muito difícil, agora, recusar as coisas pessoais, aí sim é difícil! Quem
passou pela maior aventura da renuncia pessoal, faz brincando a
renuncia material por que isto é apenas uma conseqüência!
Então, todos os grandes mestres exigem que voemos com as duas asas, que
são a asa da oração e a asa da renúncia. O engraçado é que muitos estão
dispostos a criar a primeira asa da oração, mas quando se deparam com a
segunda asa da renúncia, então retrocedem temerosos e tentam voar apenas
com uma das asas. O resultado é que não conseguem voar!
Mas aquele que se habituou a oração, a consciência, não acha difícil a
renuncia mental por que se ele já está convencido de que ele é a alma,
de que ele é o espírito, ele também com a maior facilidade renuncia a
ilusão de que ele seja o ego, por que se ele é o Eu, ele não pode ser o
ego. Uma coisa é a conseqüência da outra, de maneira que propriamente
não são duas coisas; parecem ser duas coisas, oração permanente e
renuncia total, mas no fundo são uma coisa só. Por que aquele que já fez
a oração permanente, também já fez a renuncia do seu ego, por que a
oração permanente é incompatível com a identificação com o ego. O ego de
fato não é o Eu.
Logo as duas asas quase se identificam... Oração permanente e renuncia
total, no fundo são duas asas, mas logo chegamos a conclusão de que
podemos voar com uma asa só, contanto que as duas asas sejam
identificadas apenas numa. Então, tudo virá como que um "helicóptero" no
final, por que o helicóptero não tem duas asas. O avião precisa de duas
asas para voar, mas o helicóptero não tem nenhuma asa e por isso ele
pode subir em linha vertical. O avião precisa de uma enorme linha
horizontal para subir.
Quem descobriu que oração é renúncia e que renuncia é oração identificou
as duas asas do avião numa só e pode subir na vertical como um
helicóptero.
Esta é a grande verdade descoberta pelos grandes mestres.
Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!
Quem não tem asas tem que rastejar. Então, o principal está em criarmos asas para podermos voar.
Uma minhoca não voa e se ela vê uma águia voando nas alturas, acha uma
bobagem. Quem é minhoca, não pode compreender a liberdade de ser águia,
prefere continuar rastejando, comendo húmus por debaixo da terra da sua
ignorância. Mas, quem já não é minhoca e já tem consciência espiritual
de águia, não se contenta com uma vida debaixo da terra, quer alçar vôo à
luz do sol. Isso é uma questão de desenvolver a consciência. A nossa
evolução vai a espaços mínimos em espaços máximos. Precisamos muito
tempo para dar um passo na evolução ascensional. Rastejar na horizontal é
fácil por que isso não exige esforço nenhum. Deixar-se cair para baixo
ainda é mais fácil. Involução é para baixo, estagnação é na horizontal e
evolução é na vertical. Temos apenas estas três possibilidades.
Involução é regresso. Estagnação, rotina. Evolução, para cima. A única
difícil é a evolução. A estagnação é inércia, é ficar sempre no mesmo
plano, empurrando a vida com a barriga... Meus pais viveram assim, meus
avós viveram assim, eu vou viver assim e os meus filhos e netos também
vão viver assim. Isso é estagnação e quase todo mundo gosta da
estagnação, ou se preferir, normóse. O que os outros fizeram, eu vou
fazer também! Deixa como está para ver com vai ficar isso! O ego adora
uma estagnação, pois a mesma não exige esforço, é comodismo, é inércia
horizontal, é ir adiante, mas nunca ir para cima! Para cima já é
esforço. Mais fácil ainda é regredir, ir para baixo, involução ainda é
mais fácil do que a estagnação... E muitos gostam disso!
Quem pensa está na horizontal.
Quem não pensa vai abaixo da horizontal.
Quem conscientiza vai para cima, vai para as alturas.
Quem pensa fica só na horizontal, fica sempre na mesmice de milênios
atrás. Não sai da rotina. O grosso da humanidade prefere o rotineiro.
Para eles, o principal é continuar na normóse da horizontalidade.
Toda evolução exige esforço e o ego não gosta de esforço, por que ele é amigo da lei da inércia e do menor esforço.
Quem nunca saiu da consciência do ego, não vai sair da horizontalidade,
se satisfaz com tudo aquilo que os seus antepassados fizeram e que ele
espera que os filhos também o façam. Pronto! Isto continua na
horizontal.
Existem uns poucos, uma pequena elite que se animam a sair da horizontal
para a vertical. Eu digo para a vertical, mas isso não é possível em
pulo só. Ninguém pode dar um pulo de 0 para 90º. Entre o 0 da horizontal
e o 90 da vertical está o nosso grande problema. Temos que fazer um
trabalho de desenvolvimento ascensional de 0 a 90. Durante todos este
processo, antes do homem chegar no 90 da verticalidade, corre ele, o
perigo de recair no processo evolutivo. Somente quando o homem atinge os
90º é que está livre de qualquer recaída no terreno do desenvolvimento
espiritual, por que uma linha rigorosamente vertical, a prumo, nunca
pode cair. Quando se constrói um edifício, os construtores tomam o maior
cuidado para que o mesmo esteja bem a prumo. Quem não está em
verticalidade está em perigo de cair para o 0 da horizontalidade. Isto é
uma lei da mecânica e da física. A viagem entre o 0 da horizontal e o
90 da vertical é o nosso problema. Ninguém está seguro entre o 0 e o 89,
por que neste espaço, sempre podemos cair. Mas o mais interessante, é
que quanto mais nos distanciamos do 0 e mais nos aproximamos do 90,
menor é a tendência de recair. Quando estamos no meio da jornada, nos 45
%, não temos tanta tendência de recair. Quando chegamos ao 90,
acabou-se o perigo de recair, pois isto é o que chamamos de
autorealização.
Iniciação é do 0 para o 1. De 1 a 89 ainda estamos na crença de Deus e
por isso ainda somos propensos a recaídas. Do crer a pessoa pode cair
para o descrer. Quem chegou à experiência espiritual do seu Eu Divino
está definitivamente garantido. Do saber a pessoa nunca mais pode cair
para o não-saber. A autorealização não vem de fora, ela vem da
conscientização da nossa realidade espiritual. Quem se conscientizou
como sendo o Espírito de Deus, não pode saber mais se identificar com o
seu pequenino ego humano.
A pessoa pode ter a crença que for, pode crer quanto quiser, mas por
nenhuma crença poderá estar segura, por que do crer existe a
possibilidade de um regresso para o descrer. A pessoa só pode estar
absolutamente segura a partir da experiência pessoal de Deus, quando
experimenta em si mesma: "Eu e o pais somos um". Somente um ângulo reto
pode retificar a nossa vida. Retificação é autorealização.
Será que podemos chegar a retificação na vida presente? Sim, podemos!
Não foram muitos que conseguiram esta retificação, do tipo Paulo de
Tarso, Mahatma Gandhi, Francisco de Assis, Albert Shuaisteser e outros.
Os grandes retificados, os grandes místicos são aqueles que tiveram a
experiência pessoal de Deus, não a crença de Deus, mas a experiência de
Deus e através dela, chegaram à absoluta certeza de que nunca mais
poderiam recair ao padrão anterior de pensamento, sentimento e ações.
Da experiência não a regresso para a inexperiência.
Da crença há regresso para a descrença. Por isso, a crença não garante a nossa autorealização.
A crença é um caminho para a experiência, mas muitas vezes, não se chega
até lá. Quem para na crença não pode se sentir muito seguro. A crença
pode ser como uma boa vontade, mas não é muito sabedoria. É preciso
muito mais que boa vontade - boa vontade ainda é crença. É preciso
sabedoria, que é fruto direto da experiência. Somente aquele que chegou a
experiência vertical de Deus, pode ter a absoluta certeza de que não
vai mais recair.
A meditação é o instrumento pelo qual buscamos por 100% da consciência
da realidade espiritual que somos. É por meio da meditação que podemos
não mais nos iludir com dúvidas ou incertezas. É pela verdadeira
meditação, que podemos chegar à certeza da nossa identidade essencial
com o Espírito de Deus.
Texto Parafraseado da palestra do Prof. Huberto Rohden, gravada por J.B. Castro.