COMO É QUE DESPERTAS?

COMO É QUE DESPERTAS ...!!!

QUEM VOCÊ REALMENTE É !!!

QUEM VOCÊ REALMENTE É !!!

Quem é você realmente -legendado BR from Shunyata on Vimeo.

SOBRE MEDITAÇÃO E AUTO-INVESTIGAÇÃO - RAMANA MAHARSHI










Pergunta: O que é meditação (Dhyana)?
Bhagavan Ramana Maharshi: É permanecer como seu próprio Ser sem desviar-se de maneira nenhuma de sua natureza real e sem sentir que você está meditando.
Pergunta: Qual é a diferença entre Dhyana e Samadhi?
Ramana: Dhyana é alcançada através de esforço mental deliberado. Em Samadhi não há tal esforço.
Pergunta: Quais são os fatores a serem mantidos em vista na meditação?
Ramana: É importante para aquele que está estabilizado no seu Ser (atmanishtha) observar que ele não se desvie nem um pouquinho de sua absorção. Ao desviar-se de sua natureza real, ele pode ver diante de si refulgências brilhantes, ou escutar sons incomuns, ou considerar como reais visões de Deuses aparecendo dentro e fora de si mesmo. Ele não deveria ser enganado por tais coisas e esquecer de Si.
Pergunta: Não encontro meios de ir para dentro através da meditação.
Ramana: Onde mais estamos agora? Nosso próprio Ser é isso.
Pergunta: Mesmo assim somos ignorantes.
Ramana: Ignorantes do quê e de quem é a ignorância? Se a ignorância é a respeito do Ser existem dois si mesmos (Selfes)?
Pergunta: Não há dois. Mas o sentimento de limitação não pode ser negado.
Ramana: As limitações são apenas da mente. Você as sentia no sono profundo? Você existe no sono profundo. Você não nega a sua existência então. O mesmo Ser está aqui e agora no estado desperto. Você está dizendo agora que há limitações. O que aconteceu agora é que existem diferenças entre os dois estados. As diferenças devem-se à mente. Não há mente no sono profundo, enquanto que agora ela está ativa. O Ser existe na ausência da mente também.
Pergunta: Embora isso seja entendido, não é percebido.
Ramana: Será pouco a pouco, com meditação.
Pergunta: Meditação é com a mente. Como ela pode matar a mente para poder revelar o Ser?
Ramana: Meditação é firmar-se a um pensamento. Aquele único pensamento mantém afastados os outros pensamentos. Distração da mente é um sinal de sua fraqueza. Através de constante meditação ela ganha força, ou seja, a fraqueza dos pensamentos fugitivos dá lugar ao duradouro pano de fundo livre de pensamentos. Essa vastidão desprovida de pensamentos é o Ser. A mente em pureza é o Ser.
Pergunta: Como a meditação deve ser praticada?
Ramana: Verdadeiramente falando, meditação é fixar-se no Ser. Mas quando os pensamentos cruzam a mente e fazemos um esforço para eliminá-los, o esforço geralmente é chamado de meditação. Atmanishtha (estar fixado no Ser) é a sua natureza real. Permaneça como você é.
Esse é o objetivo.
Pergunta: Mas os pensamentos aparecem. Nosso esforço serve apenas para eliminar os pensamentos?
Ramana: Sim. A meditação sendo em um único pensamento, os outros pensamentos são mantidos longe. A meditação apenas é negativa de fato, na medida em que os pensamentos são mantidos afastados.
Pergunta: Fala-se em ‘fixar a mente no Ser’ (atma samstham manah krtva). Mas não é possível pensar no Ser.
Ramana: De qualquer modo, por que você deseja meditar? Porque você deseja meditar, lhe é dito para ‘fixar a mente no Ser’. Por que você não permanece como você é sem meditar? O que é esta mente? Quando todos os pensamentos são eliminados ela se torna ‘fixada no Ser’.
Pergunta: Se uma forma for dada, eu posso meditar nela e os outros pensamentos são eliminados. Mas o Ser é sem forma.
Ramana: A meditação em formas ou objetos concretos é dita ser Dhyana, enquanto que investigação do Ser é Vichara ou a ininterrupta consciência de ser (de existir).
Pergunta: Há mais prazer na meditação do que nos prazeres sensuais. Ainda assim a mente se apressa para obter os prazeres sensuais e não busca a meditação. Por que é assim?
Ramana: Prazer e dor são aspectos da mente apenas. Nossa natureza essencial é a felicidade. Mas nós esquecemos de nós mesmos (do Ser) e imaginamos que o corpo ou a mente são o Ser. É essa identidade errada que gera miséria. O que deve ser feito? Essa tendência mental é muito antiga e tem continuado por inúmeros nascimentos passados. Dessa forma ela tem ficado mais forte. Ela tem de ir antes que a natureza essencial, a felicidade, se afirme.





 




Pergunta: A Meditação é praticada com os olhos abertos ou fechados?
Bhagavan Ramana Maharshi: Pode ser feita de ambos os jeitos. O ponto é que a mente deve estar introvertida e ser mantida ativa na sua busca.
Às vezes acontece que quando os olhos estão fechados, os pensamentos latentes se apressam com grande vigor. Pode ser difícil também introverter a mente com os olhos abertos. Requer força da mente para fazer isso. A mente fica contaminada quando ela absorve objetos.
Quando não, ela é pura. O principal fator na meditação é manter a mente ativa na sua busca sem absorver impressões externas ou pensar em outros assuntos.
Pergunta: Sempre que medito sinto um grande calor na cabeça e, se persisto, meu corpo todo queima. Qual é a solução?
Ramana: Se a concentração é feita com o cérebro, surgem sensações de aquecimento ou mesmo dor de cabeça. A concentração tem que ser feita no Coração, o qual é fresco e refrescante. Relaxe e a sua meditação será fácil. Mantenha sua mente estável gentilmente repelindo todos os pensamentos intrusos mas sem esforço excessivo. Em breve você conseguirá.
Pergunta: Como evito cair no sono enquanto medito?
Ramana: Se você tentar evitar o sono isso significará pensar na meditação, o que deve ser evitado. Mas se você adormecer enquanto estiver meditando, a meditação irá continuar mesmo durante e depois do sono. Ainda assim, sendo o sono um pensamento, devemos nos livrar dele, pois o estado natural final tem de ser obtido conscientemente no estado desperto (jagrat) sem o pensamento perturbado. O sono e o estado desperto são meras imagens na tela do estado nativo livre de pensamentos. Deixe-os passarem desapercebidos.
Pergunta: Sobre o que devemos meditar?
Ramana: No que você preferir.
Pergunta: Shiva, Vishnu e Gayatri são ditos como sendo igualmente eficazes.
Ramana: Qualquer um que você gostar mais. São todos iguais em seu efeito. Mas você deveria se firmar a um.
Pergunta: E como eu medito?
Ramana: Concentre-se naquele que você gosta mais. Se um único pensamento prevalece, todos os outros pensamentos são colocados para fora e finalmente são erradicados. Enquanto a diversidade prevalece há maus pensamentos. Quando apenas o objeto de amor prevalece, os bons pensamentos mantém-se no campo. Portanto, segure-se a um pensamento apenas. Dhyana é a prática principal.
Dhyana significa luta. Assim que você começa a meditação, outros pensamentos se aglomeram. Junte força e tente aprofundar o único pensamento com o qual você tenta se manter. O pensamento bom gradualmente deve ganhar força através de repetida prática. Depois de ter ficado forte os outros pensamentos vão ser mandados para longe. Essa é a batalha real que sempre acontece na meditação.
A pessoa quer livrar-se da miséria. Isso requer paz da mente, que significa ausência de perturbação devida a todos os tipos de pensamentos. A paz da mente é trazida pela meditação apenas.
O resultado final da prática de qualquer tipo de meditação é que o objeto no qual o buscador fixa sua mente deixa de existir enquanto separado e distinto do sujeito. Eles, o sujeito e o objeto, tornam-se o Ser uno, e esse é o Coração.
Pergunta: Por que Sri Bhagavan não nos diz para praticarmos concentração em algum centro particular ou chakra?
Ramana: O Yoga Sastra diz que o sahasrara (o chakra localizado no cérebro) é o lugar do Ser. O Purusha Suka declara que o coração é o lugar dele. Para permitir que o buscador se livre de qualquer dúvida possível, eu lhes digo para trilhar o caminho ou a pista do ‘sentido de eu’ (I’ness) ou o ‘sentido de eu sou’ (I’am-ness) e segui-lo até a sua fonte. Porque, primeiramente, é impossível para alguém levantar qualquer dúvida a respeito dessa noção de ‘eu’. Em segundo lugar, qualquer que seja o meio adotado, o objetivo final é a realização da fonte do ‘sentido de eu sou’ o qual é o dado primário da sua experiência.
Se você praticar portanto a investigação de si, você alcançará o Coração que é o Ser.
Pergunta: Qual é a diferença entre meditação (dhyana) e investigação (vichara)?
Ramana: Ambos dão no mesmo. Aqueles que não se adequam à investigação devem praticar meditação. Na meditação o aspirante, esquecendo a si mesmo, medita ‘eu sou Brahman’ ou ‘eu sou Shiva’ e através desse método se mantém em Brahman ou Shiva. Isso irá terminar finalmente com a consciência residual de Brahman ou Shiva na forma do Ser (da própria existência). Ele irá então perceber que isso é o puro Ser, ou seja, o Si mesmo real.
Aquele que se engaja na investigação começa mantendo-se em si mesmo, e perguntando a si mesmo ‘Quem sou eu?’ o Ser (o Si mesmo real) torna-se claro para ele.
A pessoa imaginar mentalmente que ela é a realidade suprema, que brilha como existência-consciência-contentamento, é meditação. Fixar a mente no Ser para que a semente irreal da ilusão morra, é investigação.
Quem quer que medite sobre o Ser em qualquer imagem mental (bhava) atinge-o apenas naquela imagem. Aquelas pessoas pacíficas que permanecem quietas sem nenhuma imagem mental desse tipo atingem o nobre e inqualificável estado de Kaivalya, o estado sem forma do Ser.
Pergunta: A meditação é mais direta do que a investigação pois mantém-se na verdade enquanto que a investigação filtra a verdade da irrealidade?
Ramana: Para um iniciante a meditação em uma forma é mais fácil e agradável. A prática dela leva à investigação de si que consiste em peneirar a verdade da irrealidade.
Qual é a utilidade de segurar-se na verdade quando você está cheio de fatores antagônicos?
A investigação de si conduz diretamente à Realização ao remover os obstáculos que fazem você pensar que o Ser ainda não está realizado.
A meditação difere de acordo com o grau de desenvolvimento do buscador. Se a pessoa estiver apta, ela deve se manter no pensador, e o pensador irá automaticamente afundar-se na sua fonte, a pura consciência.
Se a pessoa não pode segurar-se diretamente no pensador ela deve meditar em Deus e no devido tempo esse mesmo indivíduo terá se tornado suficientemente puro para se manter no pensador e afundar-se no Ser absoluto.
A meditação é possível apenas se o Ego for mantido.
Existe o ego e o objeto sobre o qual se está meditando. O método é portanto indireto pois o Ser é apenas um.
Buscando o ego, ou seja, a fonte dele, o ego desaparece.
O que sobra é o Ser. Esse é o método direto.





Fonte: Bhagavan Ramana Maharshi em Talks with Ramana Maharshi
Sobre Meditação

















Sri Ramana Maharshi  ensinava que nós já somos o Eu Real, o ilimitado oceano de Ser-Consciência-Beatitude; que a iluminação está sempre presente em todos, agora mesmo, sendo que apenas a nossa ilusão de sermos uma alma individual (jiva), ou um ego, é que obscurece a consciência do nosso verdadeiro estado. Bhagavan apontava, assim, que todo o esforço espiritual é direcionado não para alcançar a Realização - pois esta já está perenemente presente - mas sim para afastar todos os obstáculos à percepção do nosso Ser.

Para Sri Ramana esses obstáculos não são reais ou substanciais, mas sim imaginários, produtos da mente. São meros conceitos, pensamentos. Explicava que todos esses pensamentos provêm de um pensamento raiz, do qual dependem, sendo que tal pensamento central é o ego, ou o que o Maharshi chamava de “pensamento-eu” (aham-vritti). Eliminando-se o ego (ahamkara), toda matriz da ilusão colapsa; o sofrimento e a limitação são banidos da vida irrevogavelmente. Dessa forma, a prática que ele aconselhava era a auto-inquirição, a prática de investigar a natureza e a origem desse pensamento-eu, o que é feito direcionando-se toda a nossa atenção para o sentimento interior “eu sou”, o sentimento não-dual de apenas ser.

A ferramenta por ele criada foi a de utilizar a pergunta “quem sou eu?” ou “de onde eu venho?” para trazer a mente de volta à inquirição toda vez que ela se desviasse rumo aos pensamentos ou percepções sensoriais. Com isso, o ego, que sobrevive apenas na dualidade, fica impedido de se conectar com qualquer outro pensamento ou conceito - tais como “eu sou isso”, “eu sou aquilo”, “eu sou assim, e não daquele jeito”, “eu faço isso”, “eu sei aquilo”, etc. - o que o força a retornar para a sua origem, o Eu Real, que é pura Consciência não-dual. Como alternativa a este caminho, Bhagavan ensinava que a entrega completa a Deus, ao Guru, ou ao Eu Real, também tem o mesmo efeito de extinguir o ego. Todas as outras formas de prática espiritual (sadhana), dizia ele, são indiretas, servindo apenas para o amadurecimento do discípulo e purificação da mente, sendo que ao final o buscador deverá cruzar por uma dessas duas portas (auto-inquirição ou a entrega).

À parte disso, enfatizava a importância de estar na presença de um ser realizado, um Guru ou Jnani, uma vez que a energia e presença de um ser assim têm um grande poder de purificar e silenciar a mente daqueles que estão a sua volta e em sintonia com ele. Porém, também ensinava que para todos está disponível a presença do verdadeiro Guru, o Eu Real, que está brilhando no coração de qualquer um, e pode guiar o caminho daqueles que voltam sua face em busca dele.

Bhagavan sempre enfatizava a necessidade de transcender o ego aqui e agora, e por esse motivo raramente adentrava em discussões metafísicas - tais como reencarnação, outros planos de existência, chakras, criação do universo, etc. - e desencorajava interesses espirituais que não estivessem diretamente ligados à experiência do Eu Real. Entretanto, é possível encontrar algumas discussões a respeito, sendo que mesmo nelas a sua forma direta e intensa de direcionar o buscador à percepção da verdade está sempre presente.

Nunca ninguém foi aconselhado pelo mestre a deixar seu trabalho, família ou vida em sociedade e tornar-se um monge ou renunciante. Sri Ramana sustentava que todos os seres humanos têm um destino a cumprir e que, independentemente do estilo de vida que caiba a cada um, todos podem sempre, onde quer que estejam e quaisquer que sejam suas atribuições, voltar-se para dentro em busca da Paz do Self.

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Seu dever é SER, e não ser isso ou ser aquilo. “Eu sou o que eu sou” resume toda a verdade. O método é “fique em silêncio”. O que significa o silêncio? Significa destrua-se, pois qualquer forma é causa de problemas.

Não há mistério maior que este: que sendo a Realidade nós buscamos alcançar a Realidade. Nós pensamos que existe algo ocultando a Verdade e que isso deve ser destruído a fim de que possamos atingir a Verdade. É ridículo. Chegará o dia em que você vai rir de todos os seus esforços pretéritos. Aquilo que será no dia em que você rir também é aqui e agora.

A liberação, que é bem-aventurança, é natural a todos.

A ignorância é uma ilusão da mente, uma falsa sensação.

Apenas o ego é prisão, e a sua própria natureza,
livre do contágio do ego, é liberação.

Não há engano maior do que acreditar que a liberação,

Que está sempre presente como a sua verdadeira natureza,

será alcançado em um tempo futuro.

Até mesmo o desejo pela liberação é fruto da ilusão.

Portanto, permaneça em silêncio.




Se você permanecer como mera consciência, “eu sou”, a ignorância não existirá. Portanto, a ignorância é falsa; apenas a Consciência é real.

Para a aquietação da mente não há nenhum outro meio mais eficaz do que a auto-inquirição. Através dos outros métodos a mente apenas parecerá ter se aquietado, mas não será extinta; ela surgirá novamente.

Este é o método direto. Todos os outros métodos só podem ser praticados retendo-se o ego, e neles surgem muitas dúvidas, enquanto que a pergunta última é apenas atacada no final. Mas neste método, a pergunta última é a única pergunta e ela é levantada desde o começo.

A auto-inquirição o leva diretamente à Auto-Realização, pois remove os obstáculos que fazem você acreditar que o Eu Real ainda não foi alcançado.

A diferença entre a meditação e a auto-inquirição é que a meditação requer um objeto sobre o qual se foca a atenção, enquanto que na auto-inquirição há apenas o sujeito e nenhum objeto.
Pedir que a mente destrua a mente é como fazer do ladrão o policial: ele irá com você e vai parecer que ele prendeu o ladrão, mas nada será feito. Então o que você precisa fazer é olhar para dentro e ver de onde a mente surge. Uma vez que você vir a Fonte da mente, ela desaparecerá.

O primeiro pensamento a surgir na mente é o pensamento-eu. Todos os outros inumeráveis pensamentos surgem apenas depois do pensamento-eu e têm nele sua origem. Em outras palavras, apenas depois do pronome de primeira pessoa, “eu”, surgir, é que os pronomes de segunda e terceira pessoa, “tu” e “ele”, ocorrem para a mente; estes não subsistem sem aquele.

Como todos os outros pensamentos só podem surgir depois do aparecimento do pensamento-eu, e como a mente nada mais é do que um conglomerado de pensamentos, é apenas [voltando a atenção ao pensamento-eu] através da inquirição “Quem sou eu?” que a mente será extinta. Além disso, o pensamento-eu - implícito na investigação “Quem sou eu?” - destruirá todos os outros pensamentos e, como a vareta usada para avivar a fogueira, no final ele mesmo será consumido.

Você não precisa eliminar nenhum falso “eu”. Como pode o “eu” eliminar a si mesmo? Tudo o que você precisa fazer é encontrar a Fonte do “eu”, e permanecer lá. O seu esforço só pode levá-la até este ponto. A partir daí o Transcendental vai tomar conta de si mesmo. Você não pode fazer mais nada então. Nenhum esforço pode chegar até Ele.

O pensamento-“eu” é como um fantasma que, apesar de ser impalpável, surge simultaneamente com o corpo, vive e desaparece junto com ele. A consciência “eu sou o corpo/este é meu corpo” é o falso eu. Abandone-a. Você pode fazer isso buscando a fonte do sentimento “eu”. O corpo não diz “eu sou”. É você que diz “eu sou o corpo”. Descubra o que é este “eu”; busque sua fonte e ele desaparecerá.










 






Sua Mensagem Divina


Ramana Maharshi  foi um exemplo vivo dos ensinamentos dos Upanishads. Sua vida foi, ao mesmo tempo, uma mensagem e a filosofia dos Seus ensinamentos. Ele falava para o coração das pessoas. O Grande Maharishi encontrou-se a Si mesmo dentro de si mesmo, e deu ao mundo a grande mas simples mensagem da sua grande vida: “Conheça a Ti mesmo”.

“Conheça a Ti mesmo. Tudo além será conhecido por sua própria harmonia. Discirna entre o eterno, imutável, todo inter-penetrante, infinito Atman e o sempre mutante, fenomênico e perecível universo e o corpo. Inquira: ´Quem sou eu?´. Faça a mente calma. Liberte-se a si mesmo de todos os pensamentos outros do que o simples pensamento do Ser ou Atman. Mergulhe profundamente dentro do quarto fechado do seu coração. Encontre-se no real e infinito “EU”. Descanse nele pacificamente para sempre, e se torne idêntico com o Ser Supremo”. Isso é o essencial na filosofia e ensinamentos de Sri Ramana Maharishi.

Sri Ramana dizia: “O mundo é infeliz por causa da sua ignorância do verdadeiro Ser. A verdadeira natureza humana é a felicidade. A felicidade é inata no verdadeiro Ser. A procura da felicidade pelo homem é uma procura inconsciente pelo verdadeiro Ser. O verdadeiro Ser é imperecível; portanto, quando alguém O encontra, encontra a felicidade a qual não tem fim. No interior da cavidade do coração, o Ser Supremo Uno, está sempre emitindo a emanação da auto-consciência “Eu” ... “Eu”. Para realizá-lo, entre dentro do seu coração com um ponto em mente - através da busca interna ou profundo mergulho ou controle da respiração - e permaneça do Ser do ser".




"O destino da alma é determinado segundo seu prarabdha-karma. O que não deve acontecer, não acontecerá, não importa o quanto você deseje. O que deve acontecer, acontecerá, não importa tudo o que você faça para evitar. Quanto a isso, não resta dúvida. Portanto, o melhor caminho é permanecer em silêncio."

"A consciência do corpo é o 'Eu' errado.  Desista desta consciência-corpo. Isto é feito através da busca da fonte do 'Eu'.  O corpo não diz 'Eu sou'.  É você quem diz 'Eu sou o corpo'. Descubra quem é este 'Eu'.  Procurando a sua fonte, ele irá desaparecer.  Seja o que você é.  Não existe nada para ser manifestado.  Tudo o que é necessário é a perda do ego.  A verdade de si mesmo é a única que vale a pena ser buscada e conhecida.  Realização não é nada a ser adquirido. Ela está sempre aí, mas obstruída por uma tela de pensamentos.
Todos os seus esforços devem ser dirigidos para a superação desta tela, e então a realização é revelada.  Realização é simplesmente a perda do ego.  Destrua o ego pela procura da sua identidade.  Uma vez que o ego não é nenhuma entidade, ele automaticamente desaparecerá, e a realidade irá brilhar por si mesma.  Este é o método direto, enquanto todos os outros se concretizam somente através da retenção do ego"



Ramana Maharshi


 












Auto investigação – Ramana Maharshi

  

O pensamento-eu é a fonte de todos os pensamentos.
A mente só vai se dissolver através da auto investigação “Quem sou eu?”. O pensamento “Quem sou eu?” destruirá todos os outros pensamentos e depois destruirá a si mesmo também. Se outros pensamentos surgirem, devemos perguntar a quem esses pensamentos ocorrem, sem tentar completá-los.
Que importa quantos pensamentos surgem? Na medida em que cada pensamento surgir, devemos estar vigilantes e perguntar para quem ele ocorre. A resposta será “para mim”. Se você perguntar “quem sou eu?”, a mente então voltará à sua Fonte.

O pensamento que surgiu também desaparecerá. À medida que você praticar dessa forma mais e mais, o poder da mente de permanecer em sua Fonte aumentará.
Embora os apegos sensoriais, antigos e imemoriais, possam surgir sob forma de incontáveis tendências mentais, assim como as ondas surgem no mar, todos eles serão destruídos na medida em que a meditação avançar. Devemos nos agarrar sem cessar à meditação do Ser, sem duvidar da possibilidade de erradicar todas essas tendências e de só o Ser permanecer. Por mais pecadora que uma pessoa possa ser, se ela parar de se lamentar ” Ai de mim que sou um pecador! Como posso eu alcançar a libertação?” e, abandonando até mesmo o pensamento de que é pecadora, se dedicar zelosamente à auto inquirição, ela com certeza realizará o Ser (Atman).
Se o ego estiver presente, tudo o mais também existirá. Se estiver ausente, tudo o mais desaparecerá. Como o ego é tudo isso, investigar a sua natureza é a única forma de abandonar todo apego. Controlando a fala e a respiração, e mergulhando fundo em nós mesmos, como alguém que mergulha na água para recuperar algo que nela caiu, devemos, por meio de um insight aguçado, descobrir a fonte de onde surge o ego.

A investigação, que é o caminho da Sabedoria, não consiste em repetir verbalmente “eu, eu”, mas em buscar, por meio de uma mente profundamente interiorizada, de onde o “eu” surge. Pensar “Eu não sou isso”, “Eu sou aquilo” pode ajudar, mas não constitui a inquirição em si.

Quando questionamos dentro da nossa mente “Quem sou eu?” e chegamos ao Coração, o “eu” sucumbe e imediatamente outra entidade se revela proclamando “Eu-Eu”. Muito embora ela também surja dizendo “eu”, não se trata mais do ego, mas sim da Existência Única, perfeita.

Se investigarmos incessantemente a forma da mente, descobriremos que não existe algo chamado “mente”. Este é o caminho direto aberto a todos.
A mente é constituída apenas de pensamentos, e para todos eles a base ou fonte é o pensamento-”eu”. O “eu” é a mente. Se nos voltarmos para dentro perguntando pela Fonte do “eu”, o “eu” sucumbe. Esta é a investigação da Sabedoria. Onde o “eu” se dissolve, outra entidade emerge como “Eu-Eu” por conta própria: é o Ser Perfeito.

É inútil remover as dúvidas. Se esclarecermos uma, outra surgirá e não haverá fim para elas. Todas as dúvidas cessarão apenas quando quem duvida e sua Fonte forem encontrados. Procure a Fonte do responsável pela dúvida e você descobrirá que ele na realidade não existe. Se o questionador cessar, as dúvidas também cessarão.
Como a Realidade é você mesmo, não há nada a realizar. Todos tomam o irreal por real. É preciso que você desista de tomar o irreal por real.

A finalidade de toda meditação ou repetição de mantras é apenas isso – abrir mão de todos os pensamentos referentes ao não Eu; é desistir de todos os pensamentos e concentrar-se num só. O objetivo de toda prática é fazer com que a mente fique unifocada, concentrando-a num só pensamento e assim excluindo os demais. Fazendo isso, no final até mesmo esse pensamento único irá embora e a mente se extinguirá em sua fonte.
Quando inquirimos “Quem sou eu?”, o “eu” investigado é o ego. Também é esse “eu” quem faz a autoinvestigação. O Ser não tem inquirição. É o ego que faz a investigação. O “eu” sobre o qual a investigação é feita também é ego. Como resultado da investigação, o ego deixa de existir e descobrimos que somente o Eu Real existe.

Qual a melhor maneira de se aniquilar o ego? Para cada um o melhor caminho é aquele que parece mais fácil ou que tem maior apelo. Todos os caminhos são igualmente bons, na medida em que conduzem ao mesmo objetivo: dissolver o ego no Eu Real. O que o devoto chama de entrega, aquele que faz investigação chama de Sabedoria. Ambos estão tentando levar o ego de volta à Fonte da qual ele surgiu e fazê-lo ser absorvido por ela. Pedir que a mente mate a si mesma é como fazer do ladrão um policial. Ele irá com você e fingirá prender o ladrão, mas nada será ganho. Portanto, volte-se para dentro, veja de onde surge a mente e ela deixará de existir.

A respiração e a mente surgem da mesma fonte e quando uma delas é controlada, a outra também fica controlada.
De fato, no método investigativo – no qual, aliás, a pergunta “De onde eu vim?” seria mais correta do que “Quem sou eu?” – não estamos simplesmente tentando eliminar, dizendo “não sou o corpo, nem os sentidos” e assim por diante, visando alcançar a realidade última, mas sim estamos procurando descobrir onde surge o pensamento-”eu” ou ego dentro de nós. O método contém em si – de forma implícita – a observação da respiração.

Quando observamos de onde o pensamento-eu surge, estamos observando também a fonte da respiração, já que tanto o pensamento-”eu”quanto a respiração provêm da mesma Fonte.

O controle da respiração pode servir como uma ajuda, mas por si mesmo nunca pode levar ao objetivo. Enquanto você o pratica mecanicamente, procure manter a mente alerta, lembrando do pensamento-eu e da busca pela sua Fonte. Então você descobrirá que o pensamento-eu surge do lugar no qual a respiração desaparece. Eles desaparecem e emergem juntos. O pensamento-”eu” também submergirá junto com a respiração. Simultaneamente, um outro “Eu-Eu”- luminoso e infinito – emergirá, e será constante e inquebrantável.

Este é o objetivo, o qual recebe diferentes nomes: Deus, Eu Real, Kundalini , Shakti, Consciência, etc.
“Quem sou eu?” não é um mantra. Significa que você deve descobrir onde em você surge o pensamento-”eu”, que é a fonte de todos os outros pensamentos. Mas se você achar que o caminho da investigação é difícil demais, continue a repetir “eu-eu”, e isso o levará ao mesmo objetivo. Não há nenhum mal em usar o “eu” como um mantra. Trata-se do primeiro nome de Deus, Eu Sou.
Peço que veja onde o “eu” surge em seu corpo; mas realmente não é muito correto dizer que o “eu” surge e dissolve-se no Coração no lado direito do peito. O Coração é outro nome para a Realidade e não está nem dentro nem fora do corpo. Não pode haver nenhum dentro e fora para Ela, já que a Realidade apenas é. Por “Coração” não me refiro a nenhum órgão fisiológico, nenhum plexo de nervos ou qualquer coisa do gênero.

Mas enquanto a pessoa se identificar com o corpo e pensar ser o corpo, ela é aconselhada a ver no corpo onde o pensamento-”eu” surge e volta a se dissolver. Deve ser no Coração, no lado direito do peito. Todo homem de qualquer raça, língua ou religião, quando diz “eu”, aponta para o lado direito do peito para referir-se a si mesmo. Isso é verdadeiro em todo o mundo. Portanto, esse deve ser o lugar. E observando-se de forma perspicaz o constante surgimento do pensamento-”eu” no estado de vigília e de seu desaparecimento no sono, podemos ver que surge no Coração no lado direito.
Saiba primeiro quem você é. Isso não requer escrituras ou erudição. É simplesmente experiência. O estado de Ser está aqui e agora o tempo todo. Você perdeu contato consigo mesmo e está pedindo orientação aos outros. O propósito da espiritualidade é voltar a mente para dentro. Se você conhecer a si mesmo, nenhum mal poderá lhe acontecer. Como você me perguntou, eu estou lhe dizendo. O ego só surge agarrando-se a você.

Permaneça no Eu Real e o ego desaparecerá.

Até este momento o sábio estará feliz dizendo: “Eis aí”, e o ignorante perguntando: “Onde?”.
A regulação da vida, tal como levantar-se em uma hora determinada, tomar banho, praticar repetição de mantras, etc., tudo isso é para quem não se sente atraído pela auto investigação ou não é capaz de fazê-la. Mas para aqueles que podem praticar esse método, todas as regras e disciplinas são desnecessárias. Sem dúvida é dito em alguns livros que devemos cultivar uma virtude após outra e assim nos prepararmos para a Libertação; mas para os que seguem o caminho da Sabedoria ou da investigação, sua meditação é por si só suficiente para adquirir todas as qualidades divinas.





Fonte: Sri Ramana Maharshi em Pérolas de Sabedoria: Vida e Ensinamentos






















Namastê!




OM...




Lavínia  Harue





SE SOMOS SERES DIVINOS, PORQUE NÃO TEMOS CONSCIÊNCIA DISSO? - MOOJI



 

 "Permaneça fixo no coração.
A todo momento, onde quer que a atenção vá,
traga de volta para o Ser-Consciência.
Gradualmente, ela permanecerá lá sem esforço.
Essa é a única prática que se precisa fazer."



Mooji









SE SOMOS SERES DIVINOS, PORQUE NÃO TEMOS CONSCIÊNCIA DISSO? - MOOJI







"Eu entendo sua pergunta.
Se somos Seres Divinos porque temos que sofrer,
E esquecer por completo?
Alguns seres humanos parecem ter esquecido tão completamente
Que não tem nenhum interesse, em absoluto.
Eu mesmo, em um tempo, não estava interessado em despertar
Não me interessavam estes tipos de coisas
Tinha outros interesses, mas não nisto
Então, de onde veio este interesse?
Então da mesma maneira em que surgiu dentro do meu coração
E de alguma forma chegou ao lugar em que se encontra agora
Que há Paz dentro de mim, em meu coração
Paz em minha mente,
Não a paz gerada por algo,
Nem sequer tem uma razão
É simplesmente Paz, Alegria, Silêncio e Espaço.
Como isso chegou a alguém tão comum como eu?
Por isso vejo que deve ser possível para todos
Porque não me sinto mais especial que ninguém
Alguém pode parecer completamente desinteressado
Até mentalmente escuro
E sua vida pode mudar
Pode chegar a uma plena compreensão
Ou a um completo despertar dentro de si mesmo
Este é o Milagre, de fato.
É uma transformação orgânica,
Ou um giro, em U, sem poder dizer sua causa.
Mas não é que algumas pessoas têm sorte e outras não
Aqueles que sentem que chegou o momento
De começar a descobrir, começam a sentir-se diferentes
Se sentem atraídos
Começam a olhar para os livros espirituais
Não querem mais livros românticos.
Querem saber sobre Buda.
Se você quer dar-lhe um livro de viagem
Eles não querem
O que desejam é saber o Buda disse sobre essas coisas
O que o leva a pensar desta maneira?
Não sabemos
Simplesmente esta atração floresce dentro de teu coração
E se começa a pensar diferente.
No sonho da vida tem que existir estes opostos:
Como esquecer e lembrar
Se nunca se sentiu ódio ou tristeza
Não se saberia o que é o Amor ou a Felicidade
Aprendemos através dos opostos, de alguma maneira.
Então, se estivéssemos, como dizes:
‘todos despertos e divinos’,
Não saberíamos o que é Despertar,
Não saberíamos o que é a Divindade,
Não saberíamos absolutamente nada
De fato, no Estado Original,
Não sabemos absolutamente nada,
Porque não há nada mais que saber
Quando tu estás completo em tua harmonia natural
Tu não sabes absolutamente nada
O que há para saber?
Qual é a razão para saber algo?
Estás em completa Alegria
Quando você está feliz
Você não quer saber nada
Você simplesmente está feliz, não é?
Mas quando você está triste você quer saber muitas coisas
Quando estamos em um estado de sofrimento e dor, algo assim,
Então surge esta pergunta:
Porque devemos sofrer desta maneira?
Quando estamos nos divertindo,
Nós não fazemos esta pergunta.
Estamos suficientemente contentes
Para continuar nos divertindo
Mas quando se sofre
Sente dor ou perda,
Ou tem uma profunda ferida emocional
Aí surgem estas perguntas: ‘o que é esta vida’?,
‘porque estamos aqui’?
Este gosto pela experiência
É parte do que poderíamos chamar “a Obra Divina”,
Porque amamos experimentar,
Amamos o contraste
Amamos também a incerteza da experiência
Amamos os altos e os baixos da experiência
Amamos tudo isso.
É parte do Jogo e da Obra:
O gosto por experimentar."



Mooji



 



 "Deixe tudo de lado por um momento, esta auto-obsessão em ser alguém especial. Deixe de lado todas estas preocupações rasas, projeções, expectativas que mantêm sua mente flutuando como uma bolha na superfície do oceano de ser.
Apenas tente ser esta Presença sem forma. Ser neutro. Vazio. Manter a calma. Sua mente parece ter tanto medo desse encontro com seu verdadeiro Amado!
Agora é um momento tão bom quanto qualquer outro. Uma vez que seu coração aceita este convite o universo inteiro está com você. "





 
"Medite sobre o aspecto positivo da vida e então sobre o negativo.
Depois coloque ambos de lado, pois você não é nenhum deles.
Olhe para isso desse jeito. Medite sobre o nascimento: uma criança
nasceu, você nasceu. Então você cresce, torna-se jovem. Medite sobre
todo esse crescimento. Daí você se torna velho e morre. Desde o próprio
começo... imagine o exato momento em que seu pai e sua mãe conceberam
você, no útero de sua mãe, desde a primeira célula. Olhe de lá até o
final quando o seu corpo está queimando numa pira funerária e todos os
seus parentes estão de pé ao seu redor. Então coloque ambos de lado,
aquele que nasceu e aquele que morreu. Simplesmente coloque ambos de
lado e olhe para dentro de si. Lá está você - aquele que nunca nasceu
e que nunca vai morrer.

Você pode fazer isso com qualquer polaridade positiva-negativa. Você
está sentado aqui. Eu olho para você, eu conheço você. Então, eu fecho
os olhos e você não está mais aí; eu não conheço você. Então coloco ambos
de lado: o conhecimento do que eu conheço e o conhecimento do que eu
não conheço. Você estará vazio, porque quando você põe de lado o
conhecimento e o não-conhecimento, você fica vazio.

Existem dois tipos de pessoas: algumas são preenchidas com conhecimento
e outras são preenchidas com ignorância. Existem pessoas que dizem,
'nós sabemos'. O ego delas subiu com o conhecimento. E existem pessoas
que dizem, 'nós somos ignorantes'. Elas estão preenchidas com a ignorância..
Elas dizem, 'nós somos ignorantes, nós não sabemos'. Um é identificado
com o conhecimento e o outro com a ignorância. Mas ambos possuem alguma
coisa, ambos valorizam alguma coisa. Empurre ambos para o lado, o conhecer
e o não-conhecer, assim você não é nem a ignorância, nem o conhecimento.
Coloque ambos de lado, o positivo e o negativo. Então quem é
você? De repente, o 'quem' será revelado a você. Você se tornará consciente
do além, daquilo que transcende. Colocando ambos de lado, o positivo e o
negativo, você estará vazio. Você será nenhum, nem sábio nem ignorante.
Coloque ambos de lado, o ódio e o amor; coloque ambos de lado, a amizade
e a inimizade. Quando ambas as polaridades forem colocadas de lado, você
estará vazio.

Mas esse é o truque da mente: ela pode colocar um de lado, mas nunca os
dois juntos. Ela pode colocar um de lado - você pode colocar a ignorância
de lado, então você se agarra ao conhecimento. Você pode colocar a dor
de lado, mas aí você se agarra ao prazer. Você pode colocar os inimigos
de lado, mas aí você se agarra aos amigos. E existem algumas poucas
pessoas que fazem justamente o contrário: elas colocam os amigos de lado
e se agarram aos inimigos; elas colocam o amor de lado e se agarram ao ódio,
elas colocam a riqueza de lado e se agarram à pobreza; elas colocam o
conhecimento e as escrituras de lado e se agarram à ignorância. Essas
pessoas são grandes renunciadores. Qualquer coisa que você se agarra,
elas colocam de lado e se agarram ao oposto - mas elas se agarram do mesmo
jeito.
Agarrar-se é o problema, porque se você se agarra, você não consegue
esvaziar-se. Não se agarre; esta é a mensagem dessa técnica. Simplesmente
não se agarre a nada, positivo ou negativo, porque com o não-agarrar-se
você encontrará a si mesmo. Você está aí, mas por causa desse agarrar,
você está escondido. Com o não-agarrar você estará exposto, você estará
descoberto. Você explodirá."





Mooji






O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO - JOEL GOLDSMITH







  Joel S. Goldsmith

Viver no Meu reino significa viver no círculo da eternidade. “Este mundo” é o mundo da humanidade, mas o Meu reino é de natureza completamente diferente. O Meu reino não é o reino da saúde física. O Meu reino não é o reino das riquezas materiais. Todos sabemos o que constitui a saúde física, mas o que vem a ser a saúde do Meu reino? Que vem a ser a saúde do Reino espiritual? Que é o estado de saúde de Deus e o estado de saúde do filho de Deus?
Nós sabemos do que são constituídos o suprimento e a saúde materiais, mas que são as riquezas celestiais? Quais são as riquezas celestiais de que somos herdeiros e ainda não estamos compartilhando no cenário humano? Elas nada podem ter a ver com coisas tais como dinheiro, investimentos ou propriedades, porque “o Meu reino não é deste mundo”.

No caminho espiritual, portanto, não há sentido irmos ao “Meu reino” para obter algo para este mundo. Devemos, primeiramente, buscar o reino de Deus; devemos aprender a orar de forma que orando a Deus do Espírito, estaremos orando apenas por riquezas celestiais, saúde espiritual e companhia espiritual.
Enquanto estivermos tentando obter riquezas materiais, saúde física ou companhia humana, estas coisas poderão ser conquistadas, e serão às vezes bem e às vezes mal, pois, toda materialidade é feita da crença em dois poderes – o bem e o mal. Porém, se mantivermos nossa consciência afinada com a Realidade espiritual e conservarmos nossos desejos no plano do Ser e da Forma espirituais, iremos experienciar a alegria e a paz da unidade espiritual.

Procurar conhecer a natureza das riquezas celestiais, da saúde espiritual e da companhia espiritual, não significa buscar algo de natureza humana ou material; antes, significa repousar na Graça do Reino espiritual. A palavra “Graça” não pode ser traduzida por coisas como dinheiro, lar ou família. Precisamos manter o sentido da palavra “Graça” em seu devido lugar, e se este significado não estiver sendo entendido por nós, podemos sempre orar para que Deus revele Sua Graça para nós.

A libertação de problemas antes que tenhamos atingido a sabedoria espiritual meramente abre caminho para outro problema, ou sete problemas, até que sejamos compelidos a orar corretamente. Por exemplo, se uma dor de cabeça ou outro mal qualquer puder ser removido, sem nos exigir um avanço em compreensão espiritual, o que teremos ganho, senão apenas um período sem uma dor de cabeça? Mais cedo ou mais tarde, uma outra surgirá, e eventualmente, seremos forçados a parar e perceber que este problema permanecerá conosco sempre, a menos que seja encarado com a sabedoria necessária. Da mesma forma como Jacó discutiu a noite toda com o anjo, rogando que não o deixasse sem que ele antes recebesse sua iluminação ou a verdade espiritual necessária para vencer, assim também nós devemos permanecer em oração.
Somente os nossos problemas nos compelem a buscar o bem espiritual. Em sua maioria, os seres humanos estão satisfeitos com boa saúde, uma provisão suficiente e uma moderada felicidade na vida familiar, e quando tais necessidades são atendidas, muitos sentem que resta muito pouca coisa a ser desejada na vida. Mas, aqueles a quem foram confiados problemas, não por Deus, mas pela ignorância de Deus, e se veem forçados a passar por várias experiências, sabem que sem elas nunca teriam se erguido acima do nível de bons seres humanos.

Viver a vida espiritual e orar de modo correto significa pormos de lado o problema e começarmos com a realização de que o reino de Deus não é deste mundo, e assim se tornará inútil orar por algo que seja deste mundo. Vamos, portanto, aprender a orar por aquelas coisas que são do Meu reino, e buscar unicamente a graça daquele reino.
Nossa função, no caminho espiritual, é aprender em que consiste o reino de Deus. Isaías disse: “Cessai, pois, de confiar no homem, em cujas narinas há um sopro, porque somente Deus é que é o Excelso”. O ser humano é aquele homem “em cujas narinas há um sopro”. Por que deveríamos, então, pensar em formas de tornar aquele homem melhor, mais saudável ou mais rico? Por que pensar sobre ele, quando podemos pensar sobre o filho de Deus? Mas antes, precisamos saber o que é o filho de Deus.

Os antigos gregos diziam: “Homem, conhece-te a ti mesmo”. Esse “Ti” não é outro senão o filho de Deus em nós. Há uma parte de nosso ser, uma área de nossa consciência, que é o filho de Deus; e quantos de nós possui qualquer conhecimento dessa parte do ser, ou possui qualquer familiaridade com este nosso Ego mais íntimo? Como poderemos conhecer aquele filho de Deus em nós? Somente nos volvendo para nosso interior, onde o reino de Deus está, reservando um tempo para ficarmos a sós e buscando o reino de Deus dentro de nós. Se formos pedir algo a Deus, então peçamos a Deus que Se revele, que mostre o filho de Deus em nós, que revele a natureza de Sua graça e do reino espiritual e a natureza das riquezas celestiais das quais somos herdeiros.

Ao nos dedicarmos à busca desse reino espiritual, descobriremos nosso mundo exterior se ajustando em seu lugar por si mesmo; as coisas começam a acontecer; e, de repente, despertamos para a descoberta de que a graça de Deus nos tem trazido algo de natureza incomum na forma de cura, suprimento, companhia, ou de um instrutor para abrir os nossos olhos. Mas estes não vêm enquanto estivermos orando por eles. Surgem, não devido aos nossos pensamentos ou orações, mas pela retirada deles de nossos pensamentos, deixando Deus cuidar de nossas necessidades à Sua maneira, enquanto centralizamos nossa atenção naquilo que o reino realizado de Deus é. Todas as coisas duradouras do reino material nos são acrescentadas quando não oramos por elas, quando buscamos somente o Reino, quando nosso pensamento não está mais nas coisas “deste mundo”, mas está centralizado no reino espiritual.

Quando tivermos progredido o suficiente neste Caminho, seremos também tentados, como foi o Mestre, a usar o poder espiritual, e é quando precisaremos resistir à tentação de realizar milagres e sermos guiados pela sabedoria espiritual do Mestre, de não glorificar ou nutrir o ego. Se pudéssemos transformar pedra em pão, não precisaríamos de Deus, e nós, que trilhamos este caminho espiritual, preferimos ficar famintos a procurar nossos próprios recursos sem recorrermos a Deus. Seria trágico chegar ao ponto de acreditar termos atingido uma elevação tal em que Deus deixasse de ter mais lugar em nossa vida. Então, melhor que tentar realizar um milagre, que seria uma mostra de nosso poder, será deixarmos a tentação de orar mentalmente por pessoas, condições ou circunstâncias, e fazer de nossa vida uma prece de busca espiritual e graça espiritual e uma prece para compreensão da natureza das riquezas espirituais e preenchimento espiritual.

Que significa este preenchimento? Que significa “em tua presença está a alegria plena”? Como pode aquela plenitude ser interpretada e expressa? Que é a totalidade de Deus? Quando buscamos a compreensão desta sabedoria espiritual, todas as coisas nos são acrescentadas, aparecendo em seu devido tempo, sem os nossos pensamentos; precisamos apenas realizar tudo o que nos é dado fazer a cada hora de cada dia, e realizá-lo dando o máximo de nossa habilidade, mantendo a nossa mente centralizada em Deus, nas coisas de Deus e no reino de Deus.

Como temos apontado, um dos princípios básicos da vida espiritual é que, para a consciência transcendental, o poder temporal não é poder, tanto de natureza mental como física. Somente a Graça de Deus é poder, somente a consciência realizada da Unidade, do poder uno e do não-poder de tudo mais além de Deus. As preces falham porque têm sido uma tentativa de vencer um poder temporário que na realidade não é poder. Tais preces são o mesmo que tentar vencer uma miragem no deserto ou tentar vencer um fato em que duas vezes dois sejam cinco. Como seria possível usar um poder sobre uma não-existência? O mundo humano está repleto de poderes temporais: doença, dinheiro, política, guerra e preparativos para a guerra. Persistir na velha prece de “Ó, Deus, vença nossos inimigos!” será perda de precioso tempo e energia, pois, tais preces jamais tiveram nem terão sucesso algum.

O esforço físico e mental, e finalmente a intenção de usar Deus para dominar os males deste mundo, devem falhar, porque eles não são poder e não precisam ser vencidos. Unicamente a nossa aceitação da crença universal de que o mal é poder é que pode provocar nossa permanência prolongada nas condições malignas. No instante em que aceitamos a Deus como Onipotência, nosso problema começa a desaparecer.

Quando percebermos que o Cristo-reino não é deste mundo e ainda que aquele Reino é o único poder no mundo, então, quando formos apresentados a uma aparência do mal, não importando o que ou quem possa ser ela, nós pararemos e nos perguntaremos: “Isto é poder espiritual? Esse mal é poder de Deus? Pode haver um poder do mal vindo de Deus? Tal pretensão de poder não é, portanto, apenas poder temporal?”

O ensinamento integral do Mestre foi a revelação do não-poder daquelas coisas que apareciam como poder. Ao homem cego, ele disse: “Abre teus olhos”; sabia que não havia poder para mantê-los fechados. Ao homem de mão mirrada, ele foi capaz de dizer: “Estende tua mão”; sabia que não existia um poder que tolhesse a mão dele. O ministério inteiro de Jesus foi a revelação de que o chamado “este mundo”, enquanto existente, – e lhe foi dada a missão de dissolvê-lo – não existe como poder, existindo tão somente como uma aparência. Esta realização nos possibilita ficarmos sentados em quietude e em secreto, discernindo:

Deus, somente, é poder. Isso que me tem confundido, e com que venho lutando, é uma aparência que retenho em meu pensamento como uma imagem mental; não é realmente uma coisa. Eu não posso vencer uma batalha contra o nada, mas posso relaxar-me em quietude e em secreto, e perceber que esse quadro com que estou me deparando nada mais é que um quadro – não uma pessoa ou uma condição, mesmo que ele possa aparecer como pessoa ou como condição.
Tão logo reconheçamos o mal como um poder temporal, podemos sorrir internamente e perceber o seu significado como não-poder, pois aquilo que não é de Deus não é poder. Deus nos deu o domínio sobre tudo que existe e, portanto, isto que aparece como poder é temporal. Todo poder é invisível. Este perigo que é tão aparente e visível não pode ser poder e não pode ser de Deus.

E ao sentarmo-nos ao lado de uma pessoa doente, conscientizando: “Eu não dou poder a essa doença, a esse pecado ou falso desejo. Isto é poder temporal, ou seja, não é poder, e eu não acreditarei nele”, iremos notar a sua melhora, e saberemos ter comprovado, mesmo em pequena escala, que o poder temporal não é poder sob qualquer forma.

A vida espiritual não nos leva a vencer o mal, mas ao reconhecimento da natureza do mal: o mal não tem nenhuma direção de Deus; o mal não tem nenhuma lei de Deus para mantê-lo; o mal não tem nenhuma Deus-existência, Deus-objetivo, Deus-vida, Deus-substância ou Deus-lei: ele é temporal, o “braço de carne”, ou o nada.
Enquanto orarmos para que um poder divino vença o mal, estaremos resistindo a ele, mas se estivermos ancorados na verdade, repousamos na realização de que essa coisa que nos encara é uma miragem, não um poder, e que não precisamos temer o que o homem mortal nos possa fazer ou o que ele possa pensar ou ser. Todo o temor do poder mortal é dissolvido – poder temporal, poder material, leis de infecção ou contágio, calendários ou idade – porque sabemos que nada do reino dos efeitos é poder. Todo poder é invisível, e o que está aparecendo a nós como poder é uma imagem mental no pensamento, um quadro, um conceito errado de poder.

O conhecimento dessa verdade nos torna livres; mas, enquanto a estivermos conhecendo, nossos pensamentos e ações devem estar de acordo com a verdade que estamos conhecendo. Não podemos negar o poder do efeito e logo no minuto seguinte cedermos a ele, ou falando claramente, não podemos negar o poder do efeito e depois odiar ou temer alguém, já que ele é parte daquele efeito.
Se formos incapazes de fazer isso em cem por cento, ou se ocasionalmente falharmos, não devemos ficar desencorajados. É quase impossível alguém mudar da noite para o dia de um estado de consciência material para um estado de consciência espiritual, ou tornar-se integralmente ou totalmente espiritual após somente um ou dois anos de meditação.

Sejamos agradecidos ao fato de que, após termos posto os pés no caminho espiritual, passamos a viver dessa maneira, atingindo em alguma medida aquela “mente que estava também em Cristo Jesus”, e, nessa mesma medida, embora pequena, demonstrando externamente seus frutos. Não estamos na expectativa de atingir a Cristicidade de um único salto, mas de ir atingindo aquela Mente Crística pela dedicação diária a esse tipo de prece e meditação. Ao visualizarmos o universo temporal, deveremos conscientizar:


“Este mundo não é para ser temido,
odiado ou amado: isto é a ilusão; e, exatamente onde está a ilusão,
é o reino de Deus, o Meu reino.

Meu reino é a realidade. Isto que meus olhos veem
e meus ouvidos ouvem é uma contrafação superposta, não existente como um mundo, mas como um conceito,
um conceito de poder temporal.

O Meu reino está intacto;
o Meu reino é o reino de Deus;
o Meu reino é o reino dos filhos de Deus;
e o Meu reino está
aqui e agora.

Tudo que existe
como um universo temporal é sem poder.
Não preciso odiá-lo, temê-lo ou
condená-lo; preciso somente
compreendê-lo
."

Ao sermos capazes de compreender a NATUREZA do universo espiritual, as formas deste mundo começarão a desaparecer : formas de doença, pecado, falsos desejos, falta e limitação. Todas elas irão sumir, dando lugar às condições e relacionamentos harmoniosos, que serão manifestados de nosso estado de consciência mais elevado.
Nosso mundo é a exteriorização de nosso estado de consciência; o que semearmos, colheremos. Se semearmos na carne, colheremos corrupção: pecado, doença, morte, falta e limitação. Se semearmos no Espírito, colheremos a vida eterna. A palavra “semear” pode ser interpretada como “ser consciente de”. Se estivermos conscientes de que o reino espiritual é o real, enquanto aquele testemunhado pelos cinco sentidos é sem poder, temporal, o “braço de carne”, estaremos semeando no Espírito e colheremos harmonia no corpo, na mente, no bolso e nos relacionamentos humanos. Se continuarmos a temer o ”homem em cujas narinas há um sopro”, se continuarmos a temer infecção, contágio e epidemias, estamos semeando na carne; por sua vez, se percebermos que todo o poder está no invisível, estaremos semeando no Espírito, e colheremos a harmonia divina.
O Meu reino, o Cristo-reino, é o real, e ele é poder. Tudo que nós vemos, ouvimos, provamos, tocamos e cheiramos, o reino temporal, é a ilusão, e não é poder.

O caminho espiritual é o solo de treinamento onde nós adquirimos a convicção de que o mundo temporal está apresentando meramente um quadro de poder temporal, e poder temporal não é poder. O Invisível, somente, é poder; o Invisível que constitui o Eu que realmente somos.

Vamos considerar aquela ideia em relação ao nosso corpo. Porque nosso corpo é visível, não existe poder nele; ele não pode ser saudável ou doente; o poder está no Eu que nós somos. Se acreditarmos que este corpo tem poder, estaremos dando poder ao universo temporal. Olhando para o mundo finito e para o corpo finito, poderemos mudar inteiramente a nossa experiência pela conscientização:

"Como você é efeito, o poder não está em você; o poder não está nesse corpo, e meu corpo não pode responder-me. Eu falo a ele, e lhe asseguro que Eu sou sua vida, Eu sou sua inteligência, Eu sou sua substância, Eu sou sua lei – aquele Eu que Eu Sou" – e então, o corpo tem que obedecer."
Esta prática nos faz abandonar a busca pelo bem material. Não estamos pensando em termos de melhor corpo físico; antes, estamos “ausentes do corpo, e…presentes com o Senhor”, e toda a nossa atenção se volta em direção à harmonia espiritual, não para um melhor relacionamento humano, não para melhor saúde, não para mais dinheiro, mas para a paz e a harmonia do Meu reino:

“Meu reino impera aqui – não um bem humano e não um mal humano – mas Meu reino, o reino de Deus. Se existe algum mal humano aqui, algum pecado, ódio, inveja, ciúme ou malícia, o que é dele? Ele não é pessoa nem poder. Ele não pode ser manifesto; e, portanto, tem que morrer pela sua própria nulidade. Ele é temporal e impessoal; jamais possui uma pessoa em quem ou através de quem possa se manifestar. Ele é o 'braço de carne', ou o nada. O amor divino, não o amor humano, é o único poder operando neste lugar em que Eu estou. A sabedoria divina, não a inteligência humana, é o único poder operando em minha vida."

Assim, mais e mais a nossa atenção vai sendo centralizada no reino de Deus e Sua graça, em vez de na forma e efeito; e então, assim que estivermos ausentes do corpo da forma e do efeito, aquele corpo, a forma e o efeito aparecerão harmoniosamente.

 
 
 
 

 

MEDITAÇÃO - A VIAGEM INTERNA - REALIDADE ESPIRITUAL

MEDITAÇÃO - A VIAGEM INTERNA - REALIDADE ESPIRITUAL

O SILÊNCIO DE SER ....









POR UM MOMENTO, DEIXA TUDO E MERGULHA EM TI PRÓPRIO....











QUEM É VOCÊ REALMENTE... !!!









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